Populares de Nangade, que nos últimos dois dias estiveram numa empreitada de perseguição aos insurgentes em Cabo Delgado, alegam ter capturado um jovem de cerca de 30 anos, acusando-o de ser o líder do grupo que dirigiu os últimos ataques na zona, nomeadamente desde 20 de Novembro a esta parte. Trata-se de Mustafa Suale Machinga, que foi ferido por balas disparadas por militares no passado dia 5 de Dezembro.
Depois de prestarem um autêntico “desserviço” aos contribuintes, tomando decisões que restringiram a participação política nas recentes eleições autárquicas, os juízes do Conselho Constitucional (CC) pedem mais direitos e regalias. Nem o facto de o país estar em crise financeira e todos apertando o cinto os demove. Numa proposta de revisão da Lei nº 06/2006, de 2 de Agosto – Lei Orgânica do CC, submetida à Assembleia da República no passado dia 16 de Outubro, eles exigem mais mordomias.
Anadarko Mozambique Área 1, Lda. pretende contratar seguros para as operações de extracção de gás natural no norte de Moçambique, segundo um anúncio publicado na imprensa. A subsidiária do grupo americano Anadarko Petroleum informa que os seguros a serem contratados dizem respeito tanto às obras em terra como ao largo da costa da península de Afungi, na província de Cabo Delgado. A empresa pretende igualmente contratar seguros para carga marítima, cobrindo danos físicos dos materiais durante o transporte. No final de Novembro, o grupo americano anunciou ter a sua subsidiária em Moçambique, em nome dos parceiros associados na Mozambique Offshore Area 1, seleccionado o consórcio constituído pelas empresas TechnipFMC e VanOord para os trabalhos de engenharia, aquisição, construção e instalação do sistema submarino marítimo no projecto de gás natural em Moçambique.
O bloco Área 1 é operado pela Anadarko Moçambique Área 1, Ltd, uma subsidiária controlada a 100% pelo grupo Anadarko Petroleum, com uma participação de 26,5%, a ENH Rovuma Área Um, subsidiária da estatal Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, com 15%, Mitsui E&P Mozambique Area1 Ltd. (20%), ONGC Videsh Ltd. (10%), Beas Rovuma Energy Mozambique Limited (10%), BPRL Ventures Mozambique B.V. (10%), and PTTEP Mozambique Area 1 Limited (8,5%).
(Carta)
A Cervejas de Moçambique (CDM) lançou sexta-feira a primeira pedra para a construção de uma nova fábrica no distrito de Marracuene, a cerca de 30 quilómetros a norte de Maputo. A CDM, que é uma subsidiária local da AB InBev, líder mundial na produção de cervejas, já tem três cervejeiras no país, nomeadamente em Maputo, Beira e Nampula.
O investimento na cervejeira de Marracuene é estimado em 180 milhões de USD e permitirá um aumento significativo na produção da empresa. A CDM alega que a produção em Marracuene será altamente eficiente e alinhada ecologicamente com as práticas internacionais mais modernas.
A nova fabrica em perspectiva é uma resposta da NA INBev à empresa holandesa Heineken, que também está construir uma cervejeira em Marrauene. Ragendra de Sousa (Ministrio da Indústria e Comércio) disse, na cerimónia que a cervejeira, para além de aumentar o PIB moçambicano, vai ser importante na criação de emprego, nomeadamente 1.000 postos de trabalho durante a fase de construção. Uma vez que cada agregado familiar moçambicano tem em média cinco membros, isso significa uma renda para 5.000 pessoas. Acima de tudo, disse o ministro, o investimento mostrou a confiança que o sector privado nacional e estrangeiro têm em Moçambique e no governo moçambicano.
"Eles acreditam em nossa governação", afirmou. "Essa essa crença não é romântica, é por causa do trabalho que fazemos". Por sua vez, o gerente geral da CDM, Pedro Cruz, disse que o investimento mostra a responsabilidade da empresa em relação aos moçambicanos, fornecendo equipamentos mais modernos para a produção de cerveja. “Este é sem dúvida o maior investimento da CDM no sector da cerveja em Moçambique desde a nossa fundação em 1995”. Ele disse que a decisão de investir em Marracuene foi tomada por causa da disponibilidade de água (do rio Incomati) e sua posição na principal rodovia norte-sul do país, que permitiria a distribuição fácil da cerveja. A obra vai durar 12 meses. (Carta)
A Qatar Petroleum (QP) celebrou um acordo com a ExxonMobil para adquirir uma participação de 10 por cento em três blocos de exploração (pesquisa) offshore nas bacias de Angoche e Zambeze em Moçambique, anunciou em comunicado no sábado. O acordo está sujeito às aprovações regulamentares do governo de Moçambique. Após essa aprovação, os vários parceiros que compõem o consórcio serão formados por afiliadas da ExxonMobil (operadora), com 50% de participação, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) com 20% de participação, a Rosneft com 20% e a Qatar Petroleum com 10%.
O Ministro de Estado para Assuntos Energéticos e CEO da Qatar Petroleum, Saad Sherida al Kaabi, disse: “Temos o prazer de assinar este acordo com a nossa parceira de longa data, ExxonMobil, para participar na exploração destas bacias marítimas fronteiriças em Moçambique. Este é um grande passo para a Qatar Petroleum, pois marca a sua primeira incursão nas promissoras bacias offshore de Moçambique ”. Kaabi disse: "Esperamos que os esforços de exploração, que começarão em breve, sejam bem-sucedidos e esperamos colaborar com a ExxonMobil, Rosneft e ENH nesta oportunidade". Os blocos offshore são A5-B, que se encontra na bacia de Angoche, e Z5-C e Z5-D, que se encontram na bacia do Zambeze. Ambas as bacias são de fronteira (marítima) e pouco exploradas. Os dois blocos do Zambeze têm uma área total de cerca de 10.200 km2 com profundidades de cerca de 200 a 2.000 metros, enquanto o bloco da bacia de Angoche tem uma área de cerca de 6.450 km² com profundidades de água de 1.800 a 2.500 metros. (Carta)
Recostado num opulento cadeirão de praia e inalando a maresia suave do Índico, pés mergulhados na brancura da areia em Bazaruto, o Presidente angolano, João Lourenço, escolheu o maravilhoso arquipélago de Vilankulo para fazer uma pausa. Sua luta contra a corrupção em Angola tem sido incisiva e inequívoca. Ele abraçou o desafio com paixão e perseverança. Para isso, assumiu um risco: rompeu com o anterior Presidente José Eduardo dos Santos. Houve quem pensasse que essa fissura era artificial, que os fundamentos da correlação de forças no seio do MPLA se haviam se recompor, e tudo voltaria ao "status quo". Nem a prisão do Zenu foi entendida como um ponto de rotura completo.
O Presidente angolano, João Lourenço, desembarcou na tarde de sábado no pequeno Aeroporto Internacional de Vilankulo, em Inhambane (Vilankulo está a 714 kms a norte de Maputo) e fez logo uma ligação por helicóptero para uma das ilhas do Arquipélago de Bazaruto, designadamente a ilha com o mesmo nome (a 30 kms da Vilankulo), apurou "Carta". Em Vilankulo, ele foi recebido pelo Governador de Inhambane, Daniel Chapo, que lhe está fazendo as honras da casa. Lourenço optou pelo mais luxuoso dos "resorts" de Bazaruto, o Anantara, propriedade do grupo Rani (que controla o Pemba Beach Hotel e as Torres Rani, em Maputo).
“Carta” apurou que a escolha do Anantara se deve particularmente a um factor: diferentemente dos outros "resorts", como o Pestana ou o Indigo Bay, o Anantara tem uma “vila presidencial” que garante privacidade completa. Este resort era, até bem pouco tempo, usado pelo Príncipe Harry, do Reino Unido. Mas há cerca de três anos, disse uma fonte em Vilankulo, numa das estadias de Harry no Anantara, um helicóptero com "paparazzis" sobrevoou o local. O príncipe não gostou e nunca mais regressou. No sábado, quando chegou a Vilankulo numa aeronave com as inscrições “JET D4”, Lourenço vinha com uma pequena comitiva. Sua mulher (Ana Dias Lourenço) e uma criança, dois ou três assessores e uma equipa de segurança. Parte do grupo pernoitou no histórico Hotel “Dona Ana”, da vila à beira mar. “O Dona Ana” fez parte da logística solicitada.
Ontem à tarde desembarcou em Vilankulo o Presidente Filipe Nyusi, que dirigiu-se à Bazaruto para um encontro com Lourenço, de helicóptero. Nyusi pode ter querido colher a experiência de Lourenço na atual cartada anti-corrupção em curso em Angola, onde no centro nevrálgico de uma apropriação desmedida de recursos públicos está a família do ex-presidente José Eduardo dos Santos. Desconhece-se completamente a agenda do PR nesta sua viagem para Vilankulo, não anunciada à comunicação social pelos canais normais, suspeitando-se que se trata apenas de uma visita de cortesia ao seu homólogo angolano.
O Anantara é um "resort" de luxo com 40 vilas implantadas junto da linha costeira. Uma vila, com 52 metros quadrados, custa 1100 USD por dia, incluindo travessia do mar de Vilankulo para a ilha. Ontem, num contacto telefónico com o Anantara, “Carta” apurou que uma vila presidencial custa 2400 USD por dia. Deve ser esse o custo diário da estadia de João Lourenço e mulher nos dias que permanecerão na ilha. Lourenço vai desfrutar de melhor que o oceano Índico tem de turismo de praia. O Bazaruto (mas também as ilhas adjacentes de Benguerua e Magaruque) são frequentadas por clientes de classe alta, muitos deles provenientes da Europa e América. O Anantara tem uma pista de aterragem e um heliporto. No seu menu gastronómico, apresenta pratos muito locais, como a matapa com caranguejo, um autêntico clássico "manhambana". (Carta)
Um exercício cénico em processo a partir do livro de crônicas do ilustríssimo Luís Fernando Veríssimo, com irreverentes textos, onde o autor passeia pelos temas mais inquietantes da nossa sociedade. Coloca no jogo a família, as angústias, os casais, os vizinhos barulhentos e a infidelidade. Lançado em 1994, o livro é composto por 101 histórias e está dividido em capítulos que assim se destacam: Fidelidade e infidelidades, Eles ou elas, Família, Pais e filhos, no bar e Metafísicas. O trágico e o cómico caminham lado a lado e o público é surpreendido pelas conclusões bizarras de personagens fanfarrões ou hilários. Trata-se da primeira apresentação pública do Grupo de Teatro da GrowUp, composta por um grupo de estudantes de teatro, que terão em sua maioria a sua estreia no palco do CCBM. Integram o grupo Ana Fernandes, Carmelinda Stella, Halima Izidine, Isabel Taborda, Joana B, Lara Faria, Mar Correia, Marcelo Marchesi e Rassula Santos. Participação especial de Florêncio Paulo e Ricardo Santos. Orientação artística de Expedito Araújo.
(10 de Dezembro, às 18:30 min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
Vai ser apresentado o livro do autor Adelino Timóteo, denominado “A Volúpia da Pedra”, sob a chancela da Alcance Editores. Neste livro o autor dá à pedra a força, a energia da mulher, um enlaçamento quase místico. O Poeta no livro exercita-se nesse tipo de arquitectura da desconstrução-construção do discurso literário. Esta obra convida-nos a fazer uma ligação entre a pedra, a poesia e o amor que se encontram em múltiplos sentidos, numa multiplicidade de significados e variadas formas, segundo o autor. O livro será apresentado pelo Professor Doutor Martins Mapera (Doutorado em Hermenêuticas Culturais e Diretor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanidades da UniZambeze). Contar-se-á ainda com um momento cultural pelo grupo de teatro Nzangas, da Universidade Pedagógica – Delegação da Beira.
Nota biográfica: Adelino Timóteo nasceu a 3 de Fevereiro de 1970, na Cidade da Beira. Formado em Ensino de Língua Portuguesa, cuja docência não chegou a exercer. É também licenciado em Direito, mas exerce actualmente o jornalismo, paralelamente com as artes plásticas. Foi homenageado pelo Instituto Superior Politécnico e Universitário (ISPU), em 2004, e pelo Conselho Municipal da Beira em 2007, pela sua poesia e pelo seu contributo cultural para a urbe, respectivamente. É cidadão honorário da Cidade de Quelimane, desde 2015. É «Prémio Anual do Sindicato Nacional dos Jornalistas» (SNJ) para a melhor crónica jornalística (1999). Foi galardoado como o «Melhor Escritor da Cidade da Beira», em 2013. A CEMD galardoou-o, em 2015, em Lisboa, pela “excelente e inquestionável qualidade da sua obra”. Tem poemas traduzidos em italiano (Dis Uguaglianze). São as seguintes publicações deste autor em poesia: Os Segredos da Arte de Amar (1999); Viagem à Grécia através da Ilha de Moçambique (2002), Prémio Nacional Revelação de Poesia da AEMO (2001); A Fronteira do Sublime (2006); Dos Frutos do Amor e Desamores até à Partida (2011), Prémio BCI 2011; Livro Mulher (2013); Corpo de Cleópatra (2016). Na ficção narrativa tem publicados: Mulungu (2007); A Virgem da Babilónia (2009); Nação Pária (2010); Não Chora, Carmen (2013); Nós, os do Macurungo (2013); Na Aldeia dos Crocodilos (2014); Apocalipse dos Predadores (2014). Consta da Antologia da Poesia Moçambicana Nunca mais é Sábado (Dom Quixote, Lisboa), Colectânea Breve da Literatura Moçambicana (Identidades); Poesia sempre, 2006 (Biblioteca Nacional do Brasil), entre outras.
(10 de Dezembro, às 18h horas no Centro Cultural Português da Beira)
Em celebração reflexiva dos 10 Anos de luta do Parlamento Juvenil em prol dos direitos e prioridades da juventude e dos 70 Anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Parlamento Juvenil organiza este Festival com a seguinte programação: Concentração pelos direitos humanos e liberdades democráticas - um Combate Cultural dos Excluídos; Exposição Génese e Obra do Parlamento Juvenil; Intervenção pelo Presidente do Parlamento Juvenil; Projeção do Filme “Nada para Nós sem Nós”; Lançamento do Relatório Tempo de Inclusão – Observação Eleitoral-2018; Vídeo dos 10 Anos/homenagem; Depoimentos e Testemunhos; Anúncio dos vencedores do Concurso de Opinião; Início do festival do Avante – com atuação musical, dança, poesia e teatro.
(10 de Dezembro, 14 horas, em Maputo)