A detenção de 30 militares no Estabelecimento Penitenciário Provincial de Cabo Delgado, localizado em Mieze, no distrito de Metuge, por suspeita de envolvimento no assalto aos bancos comerciais aquando do ataque terrorista à vila-sede do distrito de Palma, no passado dia 24 de Março, continua na ordem do dia.
Fontes da “Carta” revelam que entre os militares detidos em Mieze não há qualquer oficial superior do exército moçambicano, havendo apenas praças e sargentos. Entretanto, as fontes avançam que os oficiais superiores foram os maiores beneficiários do saque aos três bancos comerciais, nomeadamente, Millennium BIM, BCI e Standard Bank. Acredita-se que cada oficial superior que esteve presente em Palma, em Março último, tenha abocanhado pelo menos 1 milhão de Meticais.
Aliás, as fontes garantem que a ordem de prisão dos 30 militares veio de um Brigadeiro-General presente no Teatro Operacional Norte que, por sinal, se beneficiou de mais de 1 milhão de Meticais. Porém, sublinham que a Procuradoria Provincial de Cabo Delgado jogou um papel importante na detenção dos referidos militares.
Refira-se que, poucas horas depois da publicação do artigo da “Carta”, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), o Almirante Joaquim Rivas Mangrasse, reagiu à notícia, porém, sem confirmar as detenções.
“A missão das Forças Armadas de Defesa de Moçambique é defender o país. Eventualmente, caso a caso, pode responder-se de forma disciplinar ou de forma criminal (…). Penso que as autoridades tomem as medidas necessárias para continuarmos a merecer respeito”. (O.O.)