Termina, esta quinta-feira, o prazo de 15 dias definidos pelo Governo para o encerramento de 18 praias em todo o país. A medida foi determinada pelo Conselho de Ministros no passado dia 06 de Outubro e entrou em vigor no dia seguinte, 07 de Outubro.
Trata-se das praias da Katembe e Costa do Sol (Cidade de Maputo); Ponta D’Ouro e Macaneta (província de Maputo); Bilene e Xai-Xai (Gaza); Barra, Tofo e Guinjata (Inhambane); Estoril, Ponta Gêa e Macuti (Sofala); Zalala (Zambézia); Fernão Veloso (Nampula); e Wimbe, Marringanhe, Sagal e Inos (Cabo Delgado) encerradas por decisão do Governo, reunido na sua 34ª Sessão Ordinária.
Em conferência de imprensa concedida no fim da Sessão, Filimão Suazi, porta-voz da reunião, disse que a decisão se deveu aos “níveis de desobediência” do decreto em vigor no que respeita à frequência às praias e que a mesma visava “aprimorar os mecanismos de fiscalização pelas autoridades locais”. Entretanto, até ao momento, nada se sabe sobre as medidas tomadas para a frequência normal às praias. Nem as autoridades municipais e muito menos o Governo se pronunciam sobre o assunto, quando falta apenas um dia para o término do prazo.
Lembre-se que as praias estiveram “abarrotadas” de pessoas nos primeiros dois fins-de-semana que se seguiram à reabertura daqueles locais de lazer. Também se verificou comportamentos que violam as medidas actuais em vigor, como é o consumo de bebidas alcoólicas.
Entretanto, sublinhe-se não se tratar do primeiro caso em que o Governo se remete ao silêncio em relação a algumas medidas tomadas, no âmbito do combate ao novo coronavírus. Em Julho último, o Chefe de Estado atirou aos Municípios e ao Ministério dos Transportes e Comunicações a responsabilidade de definir as medidas de prevenção a vigorar nos transportes públicos de passageiros, porém, até ao momento, nada foi dito. Os transportes continuam a circular superlotados e as paragens a registarem enchentes que contribuem para a rápida propagação do vírus. (Carta)