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segunda-feira, 13 setembro 2021 07:03

Banco Central reduz coificiente de reservas obrigatórias para disponibilizar mais dinheiro para economia

O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu, semana finda, reduzir os coeficientes de Reservas Obrigatórias para os passivos em moeda nacional de 11,50% para 10,50%, e em moeda estrangeira de 34,50% para 11,50%, visando disponibilizar mais liquidez para a economia.

 

Adicionalmente, o CPMO decidiu manter a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, em 13,25%, face à manutenção das perspectivas de inflação num dígito, apesar da prevalência de riscos e incertezas elevados, sobretudo os decorrentes dos impactos da Covid-19.

 

“Os riscos e incertezas associados às projecções de inflação abrandaram, porém, mantêm-se elevados. A nível interno, destaca-se o abrandamento da instabilidade militar na zona norte do país e a prevalência de incertezas quanto ao prolongamento e magnitude do impacto da Covid-19 na economia, e quanto à dinâmica dos preços dos bens e serviços administrados. A nível externo, mantêm-se igualmente as incertezas em relação à evolução da pandemia, e acresce-se o risco associado aos constrangimentos das cadeias de fornecimento de bens e serviços, com potencial de limitar a oferta de produtos importados”, lê-se no comunicado do Banco Central.

 

Na última reunião, o CPMO do Banco de Moçambique constatou ainda que se mantêm as perspectivas de uma inflação de um dígito no curto e médio prazo. A inflação anual situou-se em 5,6% em Agosto, após 5,5% em Julho, num contexto de menor depreciação do Metical face ao Dólar norte-americano. A inflação subjacente, que exclui os preços dos bens e serviços administrados, e das frutas e vegetais, aumentou ligeiramente. Para o curto e médio prazo, prevê-se que a inflação se mantenha num dígito, apesar das perspectivas de aumento dos preços dos alimentos e do petróleo no mercado internacional.

 

Na última reunião, o CPMO do Banco de Moçambique constatou ainda que continuam a consolidar-se as perspectivas de recuperação gradual da economia em 2021 e 2022, mercê, sobretudo, da procura externa. No entanto, a instituição sublinha que o retorno ao crescimento económico robusto continuará a exigir o aprofundamento de reformas estruturantes na economia, visando fortalecer as instituições, melhorar o ambiente de negócios, atrair investimentos e gerar emprego.

 

No comunicado, o Banco Central lembrou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu em 2,0% no segundo trimestre de 2021, em virtude da recuperação da maior parte dos sectores de actividade económica.

 

“O Banco de Moçambique reafirma o seu compromisso com a preservação do valor do Metical, que se traduz numa inflação baixa e estável”, conclui o comunicado, assinado pelo Governador da instituição, Rogério Zandamela. (Carta)

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