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quarta-feira, 17 março 2021 06:09

Filipe Nyusi confere posse aos comandos das FADM e aponta o terrorismo como missão primária

Pouco mais de um mês após a morte de Eugénio Mussa, o Presidente da República (PR), Filipe Nyusi, conferiu posse ao novo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, o almirante Joaquim Rivas Mangrasse. Naquele que foi o discurso de ocasião, o também Comandante-em-Chefe das Forças de Defesa e Segurança apontou aquela que deve ser a prioridade número um: a defesa da soberania nacional ante às ameaças que se apresentam, com particular incidência para o terrorismo.

 

Filipe Nyusi diz que o terrorismo, bem como os seus mentores, não devem ter sucesso e como também devem arrepender-se de terem atacado o Estado moçambicano.

 

"É missão das Forças Armadas de Defesa de Moçambique eliminar todo o tipo de ameaças à nossa soberania, incluindo o terrorismo e os seus mentores, que não devem ter sucesso e devem se arrepender de terem ousado atacar o nosso país", disse o Presidente da República.

 

A província de Cabo Delgado é palco, refira-se, desde Outubro de 2017, de ataques terroristas perpetrados por indivíduos inspirados no radicalismo islâmico extremo.

 

Joaquim Rivas Mangrasse é o primeiro almirante da história do país. Com Joaquim Magrasse tomaram posse o Chefe da Chefe da Casa Militar, Inspetor das Forças Armadas de Moçambique e os comandantes dos ramos do Exército e Força Aérea, assim como da Academia Militar e do Serviço Cívico.

 

Os ramos do Exército e da Força Aérea passarão a ser dirigidos pelos Majores-Generais Cristóvão Chume e Cândido Tirano, respectivamente. A Academia Militar (Marechal Samora Moisés Machel) e o Serviço Cívico ficarão sob o comando, respectivamente, do Major-Geral Francisco Mataruca e Messias Niposso. Na Academia Militar, Maturuca será coadjuvado pelo Tenente Freitas Norte.

 

A Casa Militar, responsável pela segurança do Presidente da República, passará a ser dirigida pelo Major-General, Tiago Nampele. Ezequiel Muianga ocupará o cargo de Inspector das Forças Armadas de Moçambique.

 

Os ataques que têm estado a ocorrer na região centro do país, concretamente nas províncias de Sofala e Manica, também mereceram a atenção do chefe do Estado. Neste capítulo, Filipe Nyusi deixou a certeza de que havia já perdido a paciência com o líder da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo.

 

O comandante em chefe das FDS instou, uma vez mais, ao líder daquele movimento dissidente da Renamo a abandonar as matas, isto porque não mais serão permitidas acções de desestabilização naquela região do país.

 

“Não vamos tolerar o grupo de Nhongo. O Mariano Nhongo deve sair por que não vamos permitir continuar a perturbar o normal curso do país", sentenciou. (Carta)

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