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terça-feira, 16 março 2021 03:12

Trinta guerrilheiros da Junta Militar aderem ao DDR

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) disse, ontem, que 30 homens armados da Junta Militar, uma dissidência do principal partido da oposição, abandonaram o grupo e aderiram ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).

 

"Trinta guerrilheiros nossos, que se tinham juntado à Junta Militar, abandonaram as matas e aceitaram aderir ao DDR", afirmou à Lusa o secretário-geral da Renamo, André Majibire.

 

Majibire adiantou que aqueles homens armados operavam ao serviço da Junta Militar em vários pontos das províncias de Sofala e Manica, na região centro.

 

"Foi um passo importante para a paz plena no país e esperamos que mais membros da Junta Militar da Renamo, incluindo o seu líder [Mariano Nhongo], adiram ao DDR", enfatizou o secretário-geral da Renamo.

 

A auto-proclamada Junta Militar é acusada de protagonizar ataques armados contra civis e forças governamentais em estradas e povoações das províncias de Sofala e Manica, centro de Moçambique, incursões que já provocaram a morte de, pelo menos, 30 pessoas.

 

Na semana passada, o primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, afirmou que cerca de um terço dos antigos guerrilheiros da Renamo já entregaram as armas no âmbito do DDR em curso.

 

"Através deste processo, até ao momento, foram desmobilizados e reintegrados 1.490 antigos guerrilheiros da Renamo, o que representa 29% de um efectivo de 5.221 homens a desmobilizar", referiu Carlos Agostinho do Rosário no parlamento, numa sessão de esclarecimentos do Governo.

 

Nos últimos meses, vários membros influentes do grupo, liderado por Mariano Nhongo, abandonaram as matas e juntaram-se ao processo de paz, incluindo André Matsangaíssa Júnior, sobrinho do fundador da Renamo, André Matsangaísse.(Carta)

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