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As Forças de Defesa e Segurança (FDS) continuam a travar acesos combates com os terroristas, que continuam a espalhar terror pelos distritos da província de Cabo Delgado. Na última semana, as forças governamentais encetaram diversas ofensivas, tendo abatido alguns terroristas e recuperado diferentes tipos de armamento.
Um dos casos deu-se no último domingo, na localidade de Miengueleua, no distrito de Muidumbe, onde as FDS abateram alguns terroristas e recuperaram diferentes tipos de armamentos. De acordo com as fontes, a operação contou com mais de duas centenas de militares.
Ainda no distrito de Muidumbe, em particular na aldeia, Muambula, um jovem foi capturado na tarde da passada terça-feira, alegadamente por ser um dos cabecilhas do grupo que, desde Abril último, tem protagonizado ataques terroristas naquele distrito.
O indivíduo terá sido denunciado pela população, após desembarcar naquela aldeia, na noite da passada segunda-feira. O mesmo foi levado ao distrito de Mueda.
Já no Posto Administrativo de Mbau, no distrito de Mocímboa da Praia, cinco postos de controlo dos terroristas e 21 cabanas foram destruídos, tendo sido mortos nove integrantes do grupo e capturado um casal de insurgentes.
Entretanto, nem todos os pontos da província estão a ser totalmente controladas pelas FDS. Fontes da “Carta” garantem que, nesta segunda-feira, na aldeia Nanjua, no distrito de Ancuabe, foram encontrados três corpos decapitados, acção que se acredita ter sido protagonizada por elementos daquele grupo terrorista. Já a vila-sede do distrito de Mocímboa da Praia continua sob controlo dos insurgentes, desde princípios de Agosto último.
Devido a esta situação, o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, revelou, esta segunda-feira, que a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) está a preparar uma intervenção militar na província de Cabo Delgado.
“O Presidente Nyusi é agora o presidente da nossa região SADC e estamos envolvidos, através de várias outras estruturas da SADC, para estarmos bem informados e ver até que ponto podem ser montados planos para lidar com o desafio de segurança que enfrentamos lá [em Cabo Delgado]”, afirmou o estadista. (O.O. e Carta)
