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segunda-feira, 13 julho 2020 08:04

Membros da UNE têm 30 dias para acertar suas “diferenças”

Depois de um total de 22 associações de estudantes universitários terem submetido uma missiva ao Primeiro-Ministro da República de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, a exigir a demissão da direcção da União Nacional de Estudantes (UNE), liderada por Bernardino Zunguza, e a desvinculação desta em “todos os órgãos, comissões ou fóruns” nos quais faz parte em representação dos estudantes, por alegadamente não ser legítima representante destes, o grupo manteve um encontro, na semana finda, com o Ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional (MCTESTP), Gabriel Salimo.

 

Num encontro à porta fechada, que teve lugar na passada terça-feira, as fontes asseguraram à nossa reportagem que Bernardino Zunguza mostrou-se agastado com a situação, tendo tecido duras críticas aos contestatários, assim como ao Presidente da Assembleia-Geral da organização, António Taula.

 

A reunião, asseguram as fontes, visava trazer consenso entre os membros da organização, porém, acabou irritando o titular da pasta do ensino superior, Gabriel Salimo, que determinou um prazo de 30 dias para que o grupo encontre um interlocutor válido e consensual junto do Governo e demais parceiros da organização.

 

Refira-se que, na missiva dirigida ao Primeiro-Ministro, os contestatários arrolam uma série de “ilegalidades”, entre as quais, o facto de a actual direcção estar fora do mandato (completou seis anos no dia 06 de Julho); de nunca ter realizado uma Assembleia-geral; não se conhecer uma acção realizada por esta em prol dos estudantes; e o facto de alegadamente não saberem as razões que ditaram o “empossamento” desta sem ter sido eleita pelos membros.

 

À “Carta”, o Presidente de direcção da UNE, Bernardino Zunguza, negou todas as acusações, tendo afirmado, por exemplo, que a sua direcção foi eleita e que dentro de três meses terá lugar a Assembleia-Geral que elegerá os novos órgãos sociais da agremiação. Garantiu estar a criar condições para que haja uma transição “pacífica” do poder na organização. (O.O.)

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