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terça-feira, 05 maio 2020 06:42

PRM avança possibilidade de os “pescadores” paquistaneses encontrados em Sofala serem colaboradores dos terroristas em Cabo Delgado

Paulik Ucacha, Comandante Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Sofala, não descarta a possibilidade de os supostos pescadores paquistaneses, encontrados à deriva nas proximidades da cidade da Beira, província de Sofala, na semana passada, serem “colaboradores” dos terroristas, que semeiam terror em alguns distritos da província de Cabo Delgado, há mais de dois anos.

 

Esta segunda-feira, Ucacha explicou que, desde que o grupo foi encontrado à deriva, a cerca de 20 milhas da cidade da Beira, na noite do dia 30 de Abril, a Polícia e outras instituições, como o sector de pesca, tem estado a investigar a origem dos tripulantes e da embarcação.

 

Lembre-se que, aquando da sua detenção, os supostos pescadores avançaram que a embarcação estava avariada e que terão solicitado combustível aos ocupantes de um barco de pesca nacional, que estava próximo, por volta das 13:00 horas do mesmo dia.

 

Na ocasião, refira-se, os supostos pescadores, primeiro, recusaram ser socorridos para a cidade da Beira e pediram combustível, mas o armador nacional recusou satisfazer o seu pedido, tendo-lhes convencido a seguir rebocados até ao Porto de Pesca da Beira, onde se encontram atracados e cercados pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS).

 

“Os 10 ocupantes da embarcação estão a ser investigados. Queremos apurar as verdadeiras causas que contribuíram para eles pararem na costa moçambicana. Queremos saber se, efectivamente, eles são pescadores que foram vítimas de um vendaval, como justificam, ou se têm algo a ver com os insurgentes de Cabo Delgado ou se ainda são traficantes", disse Ucacha.

 

Referir que esta tese foi defendida durante a reunião de balanço mensal do Comité de Emergência, criado para fazer face à Covid-19, em que o Governador de Sofala pretendia saber quais foram as medidas tomadas face à doença. Refira-se que todos os paquistaneses foram rastreados e, neste momento, o barco está isolado para evitar contactos com outras pessoas. (Carta)

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