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quarta-feira, 18 março 2020 06:14

Covid-19: INAE fala de especulação de preços dos produtos de higiene para prevenção

A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) diz estar a registar a especulação de preços dos produtos de higienização para a prevenção do coronavírus, pandemia surgida na China, em Dezembro último e que já se espalhou em mais de 160 países, incluindo os nossos vizinhos (África do Sul, eSwatini e Tanzânia).

 

Falando esta terça-feira, no seu habitual briefing semanal com a imprensa, a porta-voz da INAE, Virgínia Muianga, afirmou que a sua equipa de trabalho notou, durante a semana, a especulação de preços, principalmente nos produtos de higienização das mãos (álcool) e materiais de protecção (luvas), cuja procura aumentou, desde que as autoridades alertaram a possibilidade da propagação da doença no território nacional. Aliás, Muianga avançou que os referidos produtos já começam a escassear no mercado.

 

Segundo a inspectora da INAE, o controlo da especulação de preços irá abranger também os produtos de primeira necessidade, tendo em conta estar-se a registar muita procura.

 

Muianga garantiu também estarem a trabalhar com os restaurantes, no sentido de fazê-los cumprir a higiene pessoal, para além de que se tiverem um trabalhador doente ou constipado, que seja dispensado. Referiu igualmente que ainda estão a desenvolver actividades junto dos supermercados para garantir que estes desinfectem, periodicamente, as carinhas de mão para evitar o vínculo de contaminação do coronavírus.

 

Porém, explicou a fonte, para os locais de trabalho, apela-se que os trabalhadores evitem trocar objectos, como telefones e outros equipamentos necessários para que sejam apenas de uso pessoal. Garantiu ainda que estão a desenvolver trabalhos com as creches para que observem a higiene, controlem as mantas e as camas, onde dormem as crianças.

 

Na sua comunicação à imprensa, Muianga disse ainda que durante o trabalho de fiscalização que tem sido levado a cabo pela INAE foi possível apreender, de Janeiro até Março, em todo o país, 345 livros de distribuição gratuita, encontrados a serem comercializados no circuito informal. (Marta Afonso)

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