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sexta-feira, 13 março 2020 06:02

Covid-19: Moçambique já testou oito casos suspeitos, mas nenhum deu positivo

Moçambique já testou oito (08) cidadãos suspeitos de terem contraído coronavírus, desde a eclosão desta pandemia na República Popular da China, mas todos deram negativo. A informação foi partilhada, esta quinta-feira (12 de Março), em Maputo, pelo Director Nacional-Adjunto do Instituto Nacional de Saúde (INS), Eduardo Samo Gudo, durante uma conferência de imprensa convocada para clarificar algumas informações que circulavam nas redes sociais sobre um possível caso detectado no país.

 

Segundo Samo Gudo, até a última quarta-feira, as autoridades de saúde tinham testado um total de quatro pacientes, porém, ontem foram testados mais quatro, totalizando oito casos suspeitos em todo o país. Entretanto, todos deram negativo. Ou seja, ainda não temos caso de coronavírus no país.

 

Conforme explicou Samo Gudo, dos oito pacientes testados, encontram-se uma criança, um adolescente e seis adultos. Sob ponto de vista das nacionalidades, três são moçambicanos e cinco estrageiros, entre os quais um sul-africano. De acordo com a fonte, três suspeitos estiveram na China, três estiveram em contacto com um indivíduo que viajou para um país que tem estado a reportar casos, um viajou para Alemanha e outro viajou para Itália, o país europeu mais afectado por esta pandemia, com mais de mil infectados e mais de 800 óbitos.

 

Samo Gudo explicou ainda que, dos oito indivíduos testados, três deram positivo para o vírus da gripe H1N1, vulgarmente conhecida como “gripe suína”.

 

A informação vem a propósito das informações que foram postas a circular na manhã de ontem, dando conta de ter sido confirmado o primeiro caso desta doença, em Moçambique. A referida informação dava conta de uma criança que havia sido diagnosticada com a doença no Hospital Privado de Maputo. A mesma tinha estado em Portugal, há dias.

 

Segundo Samo Gudo, a referida criança, de 11 anos de idade e com nacionalidade moçambicana, teve contacto com sua avó, de nacionalidade portuguesa, naquele país europeu, que já foi diagnosticada com a doença. Assim, narra o Director Nacional-Adjunto do INS, a família recorreu ao Hospital Privado de Maputo para fazer o competente teste, porém, o resultado deu negativo. Na mesma situação está um cidadão sul-africano que esteve na Alemanha, cujo teste também deu negativo. O indivíduo solicitou os serviços médicos do Instituto do Coração (ICOR) e o teste terá sido feito pelo INS.

 

Eduardo Samo Gudo garantiu que o país tem estado em alerta máximo, com vista a assegurar que o país possa, rapidamente, detectar o primeiro caso do coronavírus, caso ocorra no país. Refira-se que o Instituto Nacional de Saúde é a autoridade, a nível nacional, com competência e com mandato para fazer o diagnóstico e a confirmação de qualquer caso de coronavírus.

 

Necessários 5 milhões de USD para controlo e prevenção da doença

 

Enquanto isso, para reforçar a capacidade de controlo e prevenção do Covid-19, no território nacional, o sector da saúde necessita de 5 milhões de USD, segundo deu a conhecer o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, num encontro que manteve com parceiros de cooperação, com objectivo de aprimorar o plano de resposta ao coronavírus.

 

O valor, segundo o governante, será destinado ao reforço e apetrechamento das instalações para isolamento e tratamento dos pacientes infectados pelo coronavírus, recursos materiais, comunicação, entre outros.

 

Os parceiros garantiram a sua disponibilidade em apoiar o país na prevenção desta doença. Aliás, o Banco Mundial e os Estados Unidos da América deram aval ao sector da saúde para usar parte dos fundos que já tinham sido alocados para alguns programas já em curso no sector.

 

Recorde-se que a Organização Mundial da Saúde declarou, na última quarta-feira, o coronavírus como uma pandemia, devido à capacidade que o vírus tem de se espalhar pelo mundo. Até esta quinta-feira, 120 países já tinham confirmado mais de 118 mil casos, que resultaram em 4.303 óbitos. (Marta Afonso)

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