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quarta-feira, 19 fevereiro 2020 06:31

Administrador de Segurança do HCB raptado e reaparece com “sinais de demência”

Há duas semanas foi dado como morto, uma vez que terá enviado uma mensagem à filha, no passado dia 08 de Fevereiro, afirmando: “estou a ser raptado e serei morto”. Mas, não aconteceu. Ribeiro Mouzinho, Administrador de Segurança no Hospital Central da Beira (HCB), por sinal, um dos implicados no caso do desaparecimento estranho de nove milhões de Meticais e que esteve detido, em Dezembro de 2019, com os outros cinco funcionários da instituição, foi dado como desaparecido, mas apareceu quatro dias depois.

 

Segundo os familiares, ouvidos pela “Carta”, Ribeiro Mouzinho terá aparecido no dia 12 de Fevereiro em circunstâncias estranhas com sinais de demência. Ribeiro Mouzinho, que está há um ano para passar à reforma, é responsável pelas chaves do HCB e de tudo que saia da instituição. Esteve detido e, segundo contam as fontes, o mesmo jurou de pés juntos que “era inocente e que não sabia o que aconteceu no aludido dia desaparecimento do fundo”.

 

As fontes revelaram que o mesmo demonstra sinais de demência, porque tudo que fala prova que sofreu alguma “lavagem cerebral agressiva”. As fontes adiantaram que Ribeiro Mouzinho é um homem íntegro e que pela situação de vida demonstra que não se terá beneficiado do valor, mas que conhecia os contornos do “furto”, uma vez que os outros cinco implicados vivem uma “vida faustosa” e “construindo mansões”, uma situação que não se verifica com Ribeiro Mouzinho.

 

De acordo com as fontes, Ribeiro Mouzinho apresentou sinais de ter sido drogado e maltratado e que já não consegue contar o que aconteceu no dia do seu rapto, uma situação vista pelas fontes como “queima de arquivo”, uma vez que é um dos indiciados que poderia explicar como o valor sumiu do HCB, tomando em conta que dinheiro não saiu em partes, mas sim de uma única vez.

 

Relativamente ao sumiço de Ribeiro Mouzinho, “Carta” ouviu o Porta-voz do HCB, Bonifácio Cebola, tendo confirmado que Mouzinho desapareceu, quando regressava de uma viagem na província de Tete, tendo, na ocasião, enviado uma mensagem para a filha dizendo que estava a ser seguido por algumas pessoas.

 

À nossa reportagem, Bonifácio Cebola disse que o caso encontra-se com as autoridades de justiça, neste o caso, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) de Sofala e que a instituição ainda não tinha nenhuma informação sobre os contornos do processo.

 

Cebola sublinhou que Mouzinho ainda não se havia apresentado à instituição. “Carta” procurou saber se a instituição terá feito alguma diligência ou se aproximado à família para saber do seu paradeiro, mas o porta-voz não deu nenhuma explicação.

 

Daniel Macuácua, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), na província de Sofala, em contacto com a nossa reportagem, disse que a instituição não tinha nenhum sinal ou registo da ocorrência do caso, mas que iriam procurar percebe-lo. (Omardine Omar)

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