A investigação judicial aos ataques da auto-intitulada Junta Militar da Renamo teve ontem um desenvolvimento notável. A Procuradora-Geral da República-adjunta, Amabélia Chuquela, que se deslocou de Maputo para o efeito, interrogou ontem na Beira o antigo deputado da Renamo, Sandura Ambrósio, que está detido sob alegação de prestar apoio financeiro ao grupo liderado pelo General Nyongo, que tem protagonizado assaltos a viaturas civis no centro do país.
Chuquela ouviu também ontem, em declarações, o antigo Secretário Geral da Renamo, Manual Bissopo, sobre o mesmo assunto. Bissopo encontra-se em liberdade. Fontes de “Carta” disseram que ele pode vir a ser detido a qualquer momento. Amabélia Chuquela deverá ouvir hoje, também na Beira, o General Elias Dhlakama, irmão do antigo líder da Renamo, Afonso Dhlakama. Sobre Elias pesam alegações de que também estava a prestar apoio a “Junta Militar”.
Os três foram implicados por elementos da “Junta Militar” detidos recentemente em Sofala. Tanto Sandura como Bissopo (através do seu advogado) negam qualquer envolvimento. Sandura disse ontem, à saída da audiência, que teve lugar nas instalações da PGR na Beira, que nunca enviou dinheiro para alimentar os elementos da “Junta”, apesar de ter sido abordado para esse efeito. Ele está detido na cadeia central da Beira. (Carta)