A cláusula primeira do contrato diz: “o contrato tem por objecto a assunção pela Executive Moçambique da execução editorial, gráfica e de exploração de publicidade da revista Índico”. Lê-se na cópia na posse da “Carta de Moçambique”.
O contrato foi celebrado a 26 de Janeiro de 2016, tendo começado a vigorar a partir do dia 02 de Maio do mesmo ano. À data da assinatura, o contrato tinha a duração de três anos, com renovação automática por igual período (três anos), isto se qualquer das partes nada expressasse de contrário, por escrito, 120 dias antes do seu termo.
O acordo entre as duas firmas foi rubricado por Iacumba Ali Aiuba (Administrador Delegado), Jeremias Tchamo (Administrador Financeiro), ambos em representação da LAM, e por Nuno António da Costa Fernandes (Sócio Gerente), em representação da Executive Moçambique, Lda.
A Executive angariava a publicidade e, liquidadas as despesas, refere o contrato, “o líquido das mais-valias era repartido entre a LAM e a Executive, cabendo, a cada uma das partes, 50 por cento do valor”.
Em Janeiro deste ano, o contrato foi estendido por mais tês anos, estando o seu término previsto para Janeiro 2021. A Executive Moçambique é parte do Grupo Executive que possui, igualmente, representação em Angola e Portugal.
Fonte da Executive confidenciou ao nosso jornal que a empresa já produziu 21 edições da revista Índico, isto desde a edição 37, altura em que assumiram os trabalhos. Em termos de custo (valor editorial: fotografia, colaboradores, paginação, tradução, entre outros), anotou a fonte, já vai em 30 milhões de Meticais.
Ainda na sua alocução, a fonte da Executive referiu que as informações segundo as quais a firma recebeu e está a receber dinheiro da LAM para a produção daquela revista de bordo são falsas e atentam contra o bom nome do Grupo, que já gastou, só apenas com a impressão da revista, qualquer coisa como 19 milhões de meticais.
A fonte garantiu ao nosso jornal que não recebeu nenhum “centavo” da LAM para a produção daquela revista de bordo e que a Executive não pagou luvas a qualquer gestor daquela companhia área. Aliás, disse também que a Executive jamais serviu ou servirá de instrumento para "dissipação de valores".
“Ao contrário do que nós lemos e nos doeu imenso, o contrato prevê que façamos a revista a custo zero. A LAM nunca pagou um cêntimo, um metical, um tostão pela revista. Diga-me uma coisa, isto é de uma empresa que dissipa valores da outra?”, atirou a fonte próxima à Executive. (Carta)