Arguidos num processo de corrupção (peculato), António Pinto, antigo PCE da LAM, e Sheila Mia Temporário, da Executive, foram postos em liberdade, nesta tarde, sob termo de identidade e residência. No caso de Mia Temporário, filha do conhecido publicitário e jornalista Mário Ferro, foi o culminar de uma batalha de vários dias para que conseguisse sua liberdade provisória, por razões humanitárias: ela padece de um tumor de foro neuro-vascular.
Na semana passada, seus advogados intercederam insistentemente junto do juiz Rui Manuel Rungo Daune, apresentado comprovação wmédica do estado de saúde da arguida. A pretensão não foi satisfeita, embora a defesa tenha recebido sinais de que uma soltura poderia ser feita se houvesse “luvas” oferecidas debaixo da mesa.
Como foi noticiado, o julgamento do caso (que envolve também o arguido Hélder Fumo, ex-administrador financeiro da LAM), marcado inicialmente marcado para o dia 15 de Novembro, não teve lugar devido a ausência de Fumo, que beneficiara de uma liberdade sob caução de 700 mil MZN.
Na sexta-feira, em plena sala de sessões, as defesas de Mia Temporário e António Pinto voltaram à carga com novos pedidos de liberdade provisória para os seus constituintes, também doentes tal como Hélder Fumo. Hoje, o juiz Rui Duane acabou cedendo, tendo soltado os dois arguidos. O julgamento do caso tem nova data: 11 de Fevereiro de 2020. (Carta)