Na altura, conta a fonte, a greve durou entre três a cinco dias, tendo sido ultrapassada após intervenção de quadros superiores do sector. Já, na semana passada, alguns reclusos decidiram parar de tomar as refeições, uma situação que levou a Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) a constituir uma equipa de trabalho para apurar as reais causas do sucedido.
Em entrevista à Rádio Moçambique (RM), na última quarta-feira (30 de Outubro), Luís Bitone, Presidente da CNDH, disse que a informação chegou até eles de fontes não oficiais. "Neste momento, estamos em contacto com as autoridades competentes para mais informações, mas, mesmo assim, já destacamos um grupo para o terreno, que vai averiguar o que está a acontecer", explicou.
De acordo com Bitone, o que a sua organização não podia fazer era tomar alguma posição face a situação, na medida em que é uma instituição pública e que estavam a trabalhar com factos colhidos no terreno.
"Se nós averiguarmos se o assunto é verdadeiro, há passos a seguir, que é procurar saber as causas. Se as causas forem ilegais, iremos pedir a responsabilização das pessoas implicadas", disse Luís Bitone.
No entanto, "Carta" entrou em contacto com a Direcção do Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP), no intuito de ouvir a sua versão dos factos, entretanto, até ao fecho da reportagem, o porta-voz não se quis pronunciar acerca do assunto. (Omardine Omar)