Pu Chiunjiang foi detido, em Abril último, no Aeroporto Internacional de Maputo, na posse de 4.2 quilogramas de cornos de rinocerontes, quando tentava viajar para o seu país com aqueles recursos faunísticos disfarçados em objectos artísticos.
O indiciado foi presente ao colectivo de juízes da 6ª Secção Criminal do TJCM, no passado dia 22 de Agosto (Quinta-feira), onde ficou provado que o mesmo terá cometido o crime de posse e transporte de produtos de fauna bravia, proibidos e protegidos no ordenamento jurídico moçambicano.
Este caso é o primeiro cidadão chines a ser condenado, no país, por prática de crime contra a vida selvagem. Sublinhar que diversos cidadãos asiáticos já foram denunciados e detidos no país, em especial chineses, tailandeses e vietnamitas, mas os processos nunca avançaram.
As Reservas e Parques moçambicanos têm sido locais privilegiados de furtivos muito devido a suposta fragilidade na fiscalização, o que propiciou que nas últimas décadas terem sido abatidas varias espécies valiosas, em especial ao elefante (marfim), rinoceronte (cornos) e leão (dentes), alegadamente para uso medicinal e alimentício nos países de destino, entretanto, a justiça moçambicana decidiu levar a barra do Tribunal um estrangeiro e condena-lo a 15 anos de prisão. (Omardine Omar)