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sexta-feira, 07 junho 2019 06:11

SENAMI garante regresso de funcionárias absolvidas à instituição

Vinte e quatro horas depois da quarta Secção do Tribunal Judicial do Distrito Municipal Kampfumo ter absolvido as cinco funcionárias do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), que eram acusadas de crimes de falsificação de documentos, criação de um esquema paralelo de produção de documentos e corrupção passiva, o porta-voz da instituição, Celestino Matsinhe, garantiu que as mesmas irão continuar no quadro daquela entidade.

 

 

Matsinhe deixou esta garantia, esta quinta-feira (6 de Junho), durante uma conferência de imprensa, realizada na capital do país, após uma pergunta da “Carta” sobre como a instituição analisava o desfecho dos dois casos, em que cinco funcionárias eram acusadas de esquemas de corrupção.

 

Trata-se de Sidália Esmeralda dos Santos, Odete Mate, Julieta Mbimbe, Inocência Matsinhe e Arnalda Zefanias que, desde o ano passado, encontravam-se a responder pelos crimes de criação de um esquema paralelo de produção de documentos e corrupção passiva, mas que, devido à insuficiência de provas, foram absolvidas. A outra funcionária que continua a exercer as suas funções é a antiga porta-voz da instituição, Cira Fernandes, acusada de ter facilitado vistos a 17 cidadãos de origem nigeriana.

 

Num outro desenvolvimento, Celestino Matsinhe disse que, até ao momento, dois membros do SENAMI foram expulsos, três demitidos e um despromovido. Acrescentou ainda que, de Janeiro a Abril do presente ano, a instituição detectou 48 casos de violação do regulamento de ética e disciplina da instituição.

 

Lembre-se que, durante o julgamento das cinco funcionárias da instituição, Maria Amélia Sequate, Directora Nacional de Emissão de Documentos, não conseguiu apontar a violação regulamentar cometida pelas visadas.

 

Segundo Matsinhe, a corrupção aumentou na instituição, porém, nos últimos meses, têm-se intensificado acções internas do combate a este mal, que flagela a sociedade moçambicana.

 

No habitual briefing semanal com a comunicação social, o SENAMI avançou que, nos últimos quatro meses, foram repatriados mais de 400 cidadãos estrangeiros, tendo também se interpelado 720 cidadãos forasteiros em situação irregular. Os malawianos lideram a lista de repatriados com 281, seguindo os etíopes (75) e Bengali (20).

 

Questionado pela “Carta” em relação aos atrasos na emissão dos passaportes, Matsinhe apenas reconheceu o problema, porém, não avançou as razões. Entretanto, “Carta” sabe que existe um “braço-de-ferro” entre a SEMLEX e o Estado moçambicano, no que concerne à concessão de dados. Celestino Matsinhe não confirmou e nem desmentiu o facto. (Omardine Omar)

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