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sexta-feira, 23 novembro 2018 02:30

Renamo nega ter violentado jornalistas

A Renamo nega ter ameaçado jornalistas na cobertura do processo eleitoral no Conselho Autárquico da Vila de Marromeu desta quarta-feira, em Sofala. O porta-voz da Renamo, José Manteigas, abordado telefonicamente pela “Carta de Moçambique”, disse estranhar tais alegações pois “os jornalistas são nossos parceiros”. Entretanto no terreno, jornalistas queixaram-se de receber ameaças feitas pela Renamo, alegadamente porque favoreceram a Frelimo na cobertura das eleições de 10 de Outubro passado.

Moisés Saela, jornalista da Rádio de Moçambique (RM), disse que foram alertados, por membros da Renamo, para saírem das escolas onde decorria a votação.  “A situação não está nada boa. A Renamo está a ameaçar a todos os jornalistas presentes no local e, como é uma zona sem luz, preferimos sair para evitar males maiores”, explicou Saela. José Manteigas, apesar de não estar em Marromeu, negou de forma categórica- “Não faz o nosso carácter ameaçar jornalistas. Acreditamos que esta informação seja falsa”.

Questionado sobre a presença massiva da Polícia da República de Moçambique, Manteiga condenou veementemente a atitude do Comandante Provincial da PRM em Sofala, Alfredo Mussa, que na quarta-feira apareceu em certos órgãos de comunicação alegando que estava a reforçar o efetivo porque não queria que se repetissem atos de vandalização verificados a 10 de Outubro. Para Manteigas não se justifica que para uma vila tão pequena como Marromeu, a PRM tenha enviado um contingente massivo e fortemente armado. Dados da CNE indicam que foram a votação 5940 eleitores inscritos nas duas escolas cujos resultados de 10 de Outubro foram cancelados pelo Conselho Constitucional (CC), devido a graves irregularidades. (O.Omar)

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