“Permitam-me afirmar que o país cresce economicamente e a nação caminha resiliente rumo ao desenvolvimento sustentável”. Foi com estas palavras que o Presidente da República voltou a caracterizar o Estado Geral da Nação, desta vez, referente ao ano de 2024.
Falando no final da manhã e início da tarde de hoje, a partir do pódio da Assembleia da República, Filipe Jacinto Nyusi voltou a recorrer a palavras poéticas para descrever a situação da República de Moçambique, furtando-se da questão mais importante: o país está ou não bem de saúde.
Na sua última avaliação à situação do país, na qualidade de Chefe de Estado, Nyusi entende que o crescimento da República de Moçambique é mensurável, do ponto de vista económico, e que a nação caminha resiliente rumo ao desenvolvimento sustentável, apesar de enfrentar “tantas tempestades” e “tantas convulsões”.
Segundo Filipe Nyusi, o seu Governo deixa o país com mais água potável, energia elétrica, postos de saúde, escolas e mais infra-estruturas (estradas e pontes), para além de ter conquistado mais respeito a nível regional, continental e mundial. “Todos estes resultados, não podem ser objecto de retórica. Estas conquistas concretas refletem-se no dia-a-dia de cada um de nós e do cidadão”, defende.
Para Filipe Nyusi, estas conquistas foram conseguidas num momento em que em todo mundo “se vive um clima de tensão, de crise e de agravamento das condições gerais de vida de todos cidadãos”. Diz reconhecer que ainda há muito trabalho a ser feito, mas “os progressos alcançados nos últimos anos, dão-nos a confiança para implementarmos políticas e programas que visam melhorar a vida de todos moçambicanos”.
Refira-se que este foi o décimo e último Informe Geral de Estado de Filipe Nyusi à Assembleia da República e o nono consecutivo em que recorreu à poesia para descrever o ambiente político, social e económico do país. Sublinhar que, nesta sua despedida, o Chefe de Estado não sofreu quaisquer boicotes, tal como se verificou em 2023, em que deputados da Renamo promoveram cânticos durante as quatro horas de discurso. (A. Maolela)