A província do Niassa deve ser vista como um polo estratégico de desenvolvimento e produção da riqueza nacional, pois tem uma extensa terra para a prática da agricultura. Por esta razão, Daniel Francisco Chapo, candidato presidencial da FRELIMO, garante que, se for eleito nas eleições de 9 de Outubro próximo, vai continuar a trabalhar para tornar Niassa cada vez mais produtiva, pois já provou o seu enorme potencial.
“Como sabem, Niassa é uma das províncias mais produtivas de que dispomos, como país. Quem quer realmente comer uma batata bem saborosa tem que comer batata do Niassa. Sei ainda que aqui no Niassa temos cerca de 22 variedades de feijão. Não há nenhuma outra província do país que tenha feijão como do Niassa”, reconheceu Daniel Chapo.
Daniel Chapo foi apresentado esta quinta-feira, pelo Presidente da FRELIMO e Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, aos eleitores, membros e simpatizantes da FRELIMO na província do Niassa. “Niassa é neste momento o maior produtor de amêndoas do mundo, por isso vai continuar a ser uma das apostas da agricultura”, referiu.
O candidato presidencial da FRELIMO recordou que viveu durante dez anos na província de Nampula, contudo, Niassa foi sempre o principal fornecedor de batata ou feijão de qualidade. “Não me esqueço que quando queria realmente batata de verdade tinha que comer batata do Niassa, quando queria comer feijão, aquele feijão preto fresquinho, saboroso era do Niassa. Hoje também já produz muita fruta. Niassa produz morango, almoçamos e comemos morango bem mais saboroso”, disse.
Por estas e outras razões, Chapo referiu que, caso seja eleito em Outubro próximo, vai continuar a apostar no Niassa não só na agricultura, mas também na indústria. "Niassa precisa de fábricas porque produz muito. Se esta produção não é processada, ela apodrece e os nossos produtores, que estão neste momento a trabalhar dia e noite, como não conseguem conservar, ficam no prejuízo porque tudo acaba apodrecendo”.
Relativamente às estradas e circulação ferroviária, Chapo promete melhoria com vista a permitir maior escoamento dos produtos agrícolas, pois “estrada e comboio permitem escoar rapidamente a nossa produção para as cidades onde nós comercializamos, mas neste momento não é suficiente. Precisamos também de trabalhar para continuar a construir mais infra-estruturas”, destacou.
Investir em mais serviços sociais básicos está igualmente na lista das prioridades de Daniel Chapo, como candidato da FRELIMO para o cargo de Presidente da República. “Ouvimos aqui mais tribunais que estão a ser construídos. Hoje foi inaugurado mais um tribunal, mas também vamos continuar a construir mais centros de saúde, continuar a construir e reabilitar mais hospitais. Muita coisa foi feita aqui na província do Niassa em relação ao hospital da nossa cidade de Lichinga, hospital de Cuamba, mas também temos distritos que precisam de mais hospitais e mais centros de saúde”, realçou Daniel Chapo.
Outra promessa de Chapo caso chegue à Ponta Vermelha é investir na construção de infra-estruturas sociais e impulsionar a distribuição de medicamentos de qualidade.
“Quero aproveitar esta ocasião para dizer aos nossos irmãos, nossas irmãs que são médicos, médicas, enfermeiras, enfermeiros que nós vamos conversar com eles para continuarmos a ouvir as preocupações que eles têm, para podermos, paulatinamente, irmos resolvendo e, com isso, continuarmos a melhorar o atendimento dos hospitais”, disse, acrescentando que Niassa, tal como outros pontos do país, precisa de enfermeiros e médicos que atendam com qualidade, atenção e humanismo.
“Para tal, vamos continuar a conversar com os nossos colegas do sector da saúde, enfermeiros, enfermeiras, técnicos e outros doutros sectores para continuarmos a melhorar a prestação de serviços, sobretudo o atendimento à prestação dos nossos hospitais”.
Num outro desenvolvimento, o candidato presidencial da FRELIMO garantiu que vai continuar a trabalhar no sentido de melhorar o sector da educação em Moçambique, pois no seu entender a educação constitui a chave para o desenvolvimento e, para que isso aconteça, é preciso construir mais escolas ao nível da província do Niassa, nos distritos, nos municípios.
“Para além de construirmos mais escolas também vamos trabalhar, conversando com os nossos irmãos, alguns grandes pedagogos, professores, outros até reformados que têm conhecimento, ideias de como vamos começar a melhorar a qualidade do nosso ensino nas nossas escolas”, referiu.
Dialogar com os Professores
Ainda no sector da educação, pretende dialogar com os professores para que sejam encontradas soluções reais para um problema real.
“Também vamos trabalhar na área do género, criança e acção social. A criança vai continuar a ser a nossa atenção, a mulher vai continuar a ser a nossa atenção. É importante continuarmos a combater os casamentos prematuros, combater as gravidezes precoces e também é importante combatermos a violência doméstica. A casa onde está a família tem que ser o local onde reina a paz, a paz que o nosso Presidente, Filipe Nyusi, tem nos ensinado desde 2015”, referiu.
Prometeu ainda trabalhar também na área da cultura. “Niassa é uma das províncias mais ricas em termos de danças tradicionais. Só hoje, ao chegarmos ao aeroporto e ao chegar o Presidente Nyusi aqui onde nós estamos, vimos várias manifestações culturais que nós precisamos de preservar porque são elas a nossa identidade. Um povo sem cultura não tem identidade, daí que é importante preservarmos a cultura e é isto que faz diferença entre os moçambicanos e outros povos. O que nos identifica é a nossa cultura, a nossa forma de ser e estar".
Na área do desporto, Daniel Chapo fala de um programa de governação que se baseia no desporto como um factor de união e consolidação da nação moçambicana. “O desporto não só para as modalidades como futebol, basquete, andebol e outras, mas também para aquelas modalidades que são importantes nós continuarmos a massificar no nosso país. O desporto é importante para cada um de nós”.
Já o turismo é, para Daniel Chapo, uma área fundamental, por isso a estrada para o lago constitui um projecto que deve continuar. “O lago Niassa é uma referência para o turismo do nosso lado de cá do Niassa ou de Moçambique. Ainda não conseguimos fazer grandes investimentos”.
Resolver os problemas da juventude
Chapo admite que os jovens têm muitas preocupações, nomeadamente: acesso ao emprego e habitação. “Quem casa quer casa, tudo rima por isso é importante trabalharmos para facilitar o acesso a terrenos parcelados, melhorar as condições de habitação, com água potável, energia eléctrica. É preciso oferecer oportunidade aos jovens para que organizem suas vidas e de suas famílias”.
Sobre o acesso ao emprego, o candidato presidencial da FRELIMO considera que uma das formas de resolver o problema do desemprego é trazer grandes investimentos do sector privado, para que estes possam criar oportunidades de trabalho para jovens.
“Mas também vamos trabalhar para ver linhas de financiamento para jovens empreendedores e fortificar os seus negócios e projectos empresariais”.
Melhorar o ambiente de negócios
Porque a juventude é o futuro, Daniel Chapo promete trabalhar para melhorar a boa governação e transparência. “Isto é necessário porque há males que fazem com que nós não possamos desenvolver como gostaríamos. Precisamos continuar a combater todo o tipo de crime. Temos que educar a sociedade desde cedo. As crianças precisam aprender que roubar é mau, cometer um crime é mau, ser corrupto é mau, corromper é mau e termos uma sociedade saudável.
Para isso nós vamos trabalhar também para além da educação formal, mas também vamos trabalhar com os líderes religiosos porque estamos a falar de valores que precisamos de continuar a cimentar na nossa sociedade. As pessoas têm que ter como referência pessoas íntegras, pessoas humildes, pessoas honestas, pessoas justas e nós vamos trabalhar em estreita colaboração também com os nossos líderes religiosos porque isso tem a ver com a ética e moral”.
Quanto ao sector privado, caso seja eleito, Daniel Chapo pretende melhorar o ambiente de negócios em Moçambique. “Os nossos irmãos do sector privado criam emprego para os jovens em Moçambique, são eles que pagam impostos e, com o pagamento dos impostos, podemos construir mais estradas, mais escolas, mais hospitais, mais escolas, abrir mais furos de água para a nossa população, construir mais sistemas de abastecimento de água para a nossa população. Por isso é importante criar um bom ambiente de negócios para que estes nossos irmãos cresçam”, referiu Daniel Chapo.