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O custo de vida, medido pela subida generalizada de preços de bens e serviços, no mês passado, não parou de aumentar. Os dados recolhidos em Abril último, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), quando comparados com os do mês anterior, indicam que o país registou uma inflação (subida geral de preços) na ordem de 0,24%, influenciada grandemente pela divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas, ao contribuir no total da variação mensal com cerca de 0,16 pontos percentuais (pp) positivos.
Analisando a variação mensal por produto, o INE destacou o aumento dos preços do tomate (2,5%), da cebola (15,5%), da farinha de milho (5,5%), do amendoim (4,5%), do feijão manteiga (2,8%), dos veículos automóveis ligeiros de segunda mão ligeiros (2,3%) e da couve (3,7%). Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,38 pp positivos.
No entanto, a Autoridade observou que, ao longo do mês, nem tudo aumentou o preço. O destaque vai para o milho em grão (19,5%), o óleo alimentar (1,6%), o coco (2,9%), a alface (6,6%), a galinha viva (1,9%), as motorizadas (0,9%) e os receptores de televisão (3,1%), que contrariaram a tendência de aumento de preços, ao contribuírem com cerca de 0,34pp negativos no total da variação mensal.
De Janeiro a Abril do ano em curso, o INE calculou que o país registou um aumento de preços na ordem de 3,58%, influenciada pela divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas que teve o maior aumento de preços na ordem de 2,66pp positivos.
“Os dados do mês em análise, quando comparados com os de igual período de 2022, indicam que o país registou um aumento de preços na ordem de 9,61%. As divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas e de Transportes, foram as que tiveram maior aumento de preços ao variarem com 17,02% e 11,61% respectivamente”, refere o INE em relatório mensal.
Analisando a variação mensal pelos centros de recolha, que serviram de referência para a variação de preços do país, a Autoridade Estatística Nacional notou que, em Abril findo, somente duas cidades tiveram uma variação negativa face ao mês de Março, nomeadamente Maputo e Xai-xai, com -0,12% e -0,60%, respectivamente. A Cidade da Beira destacou-se com um aumento de 1,00%, seguida das Cidades de Inhambane e Maxixe com 0,76%, da Cidade de Nampula com 0,45%, de Tete com 0,44%, de Quelimane com 0,29% e de Chimoio com 0,13%.
Comparativamente à variação homóloga, todos os locais tiveram um aumento. As cidades de Inhambane e Maxixe tiveram o maior aumento do nível geral de preços com cerca de 13,48%, seguidas das Cidades de Tete com 12,17%, de Quelimane com 12,09%, de Chimoio com 9,26%, da Beira com 9,11%, de Nampula com 8,30%, de Maputo com 8,17% e de Xai-Xai com 7,75%, de Tete com 12,17%%. (Carta)
