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O Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional (GCCCOT) deduziu a acusação contra dois arguidos, em prisão preventiva, cujo processo foi remetido ao Tribunal Judicial da Província de Maputo para os termos subsequentes, acusados dos crimes de abate e venda ilícita de produtos da fauna e espécies proibidas.
De acordo com o comunicado do GCCCOT, da instrução dos autos, resulta que os indivíduos em causa fazem parte de um grupo criminoso que se dedica à prática ilícita de abate e comercialização de espécies faunísticas, na área do Grande Limpopo que integra o Parque Nacional do Limpopo, em Moçambique, o Parque Nacional do Kruger, na África do Sul e o Parque Nacional Gonarezhou, no Zimbabwe. O grupo dedica-se igualmente ao contrabando de armas e viaturas, sobretudo entre Moçambique e África do Sul.
No acto da detenção dos arguidos, no dia 27 de Julho do ano passado, foram flagrados na posse de documentos diversos e quatro cornos de rinoceronte, avaliados no mercado negro em 243.600 mil dólares, o equivalente a 15.395.520,00 Mts ao câmbio do dia. Segundo o documento, como resultado do crime, os arguidos tiveram muito dinheiro que lhes permitiu comprar viaturas de luxo, casas de lazer, estabelecimentos comerciais, cujo processo está em curso para recuperação de activos.
Neste âmbito, foi instaurado um processo autónomo registado sob no 14/GCCCOT/2023, em instrução contra outros elementos integrantes do grupo que se dedica ao mesmo crime. (Marta)
