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segunda-feira, 04 julho 2022 06:47

Transportadores em greve no Grande Maputo: FEMATRO aguarda decisão do Governo para agravamento das tarifas

Enquanto a Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) aguarda pela decisão do Governo para o agravamento das tarifas de transporte urbano, interdistrital e interprovincial, os transportadores semi-colectivos, nas cidades de Maputo e Matola e nos distritos de Marracuene e Boane, decidiram paralisar as suas actividades na manhã desta segunda-feira.

 

Ao que apuramos, a paralisação deriva do último reajuste dos preços dos combustíveis, que tornou o gasóleo, o principal motor da economia nacional, o combustível mais caro do momento. A nova tabela de preços, que entrou em vigor no último sábado, indica que a gasolina passa de 83,30 para 86,97 Meticais e o gasóleo de 78,97 para 87,97.

 

Imagens postas a circular esta manhã ilustram paragens e terminais de transporte abarrotadas de pessoas, aguardando pelos “chapas” que se encontram estacionados. Até às 08.00 horas de hoje, nenhum transportador semi-colectivo tinha partido dos terminais do Albazine, Zimpeto, Magoanine, Costa do Sol, Praça dos Combatentes, 1º de Maio, T3 e da Cidade da Matola.

 

À “Carta”, o Presidente da FEMATRO disse ontem que o Governo deverá se pronunciar ainda esta semana sobre o agravamento do preço de transporte. Explicou que das últimas conversações que a FEMATRO manteve com o Governo, depois do anterior agravamento do preço de combustível, os transportadores propunham um aumento de sete meticais, pelo que, com o último reajuste, a proposta fica sem efeito.

 

Entretanto, a FEMATRO não avança ainda a nova proposta de preços para o transporte público antes de se reunir com os associados. “Estamos a todo o tempo a pressionar o Governo para ouvir as nossas aflições, mas este sempre se esquiva e se não se pronunciar esta semana, poderemos pensar que não temos Governo. Estamos há dias a chamar atenção do Governo porque os motoristas estão a ficar sem condições de abastecer os carros para ir à rua, assim sendo, até ao fim da tarde desta segunda-feira temos de ter uma nova proposta de preços de transporte”, disse Nhamane.

 

Nhamane referiu ainda que uma das formas de reverter esta situação são os encontros que a instituição propõe com os diversos intervenientes como o Conselho Municipal de Maputo, o Ministério dos Transportes e Comunicações, entre outros, para apelar para a introdução de novas tarifas no transporte público, uma vez que as actuais não são sustentáveis.

 

Refira-se que o último reajuste das tarifas de transporte aconteceu em Janeiro último, decorrente da subida do preço do combustível em Outubro de 2021. Entretanto, esta foi a terceira subida de combustíveis entre os meses de Março e Julho. (Marta Afonso e Redacção)

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