A PRM ainda não se pronunciou acerca da queixa apresentada no fim-de-semana pela lista B das eleições na Comunidade Mahometana de Maputo (CMM), liderada pelo conhecido advogado moçambicano, Salim Omar, cuja candidatura pretende destronar o “paquistanês” Saleem Karim, que lidera a agremiação há 12 anos, quando sucedeu MBS, depois que este foi apelidado de barão do tráfico de drogas pelo Governo americano.
A grupo de Salim Omar alegou estar a receber ameaças de morte e intimidação no quadro das eleições e esperava uma reacção imediata por parte da Polícia e doutras entidades da administração da Justiça, para garantir a integridade do processo eleitoral.
Entretanto, “Carta de Moçambique” apurou ontem, de fontes credíveis, que o incumbente Saleem Karim se fez reforçar do empresário luso-moçambicano, Omar Soratia, residente em Portugal. Nos anos 90, Soratia era conhecido como um dos homens mais ricos de Maputo. Sua loja de modas no Alto Maé, “Miami Fashion House” era a Meca da moda e do pronto a vestir da altura. Sua reputação entrou em queda quando ele se viu sob alegações de tráfico de drogas, tendo saído do país.
Fontes da “Carta” referem que Soratia terá sido, posteriormente, detido na Índia pelas mesmas razões. Depois de liberto, fixou-se em Portugal. Outra das cartadas de Salim Karim para vencer as eleições é a vinda, do estrangeiro, de um famoso líder religioso islâmico, que chega hoje a Maputo.(Carta)