Acusada de maus tratos à população, incluindo acusações de rapto de agentes económicos, como foi reportado há uma semana, os residentes pedem a retirada imediata da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), afecta à vila de Macomia, em Cabo Delgado. O pedido foi apresentado ao Comandante-Geral da PRM, Bernardino Rafael, que manteve, sexta-feira última, encontro com a população daquela vila no bairro Nanga.
Na ocasião, a população queixou-se dos maus tratos protagonizados por elementos da UIR, como extorsão, ameaças e perseguições, à semelhança de comerciantes raptados e que são depois cobrados valores monetários. Alguns são forçados pela UIR a viajar para fora de Macomia, pelo menos uma vez por semana, e depois regressam à vila. Entretanto, outros ainda não regressaram, não se sabendo se estão vivos ou não. Na ocasião, uma mulher denunciou o rapto do seu esposo e respectivo empregado que ainda não regressaram ao convívio familiar.
Em resposta, o Comandante-Geral da PRM prometeu retirar a Unidade de Intervenção Rápida para longe da vila para perseguir os terroristas na mata e condenou os maus tratos à população, apontando que a polícia está para servir o povo.
Uma semana antes da visita do Comandante-Geral a Macomia, a população solicitou ao Comandante distrital da PRM explicações sobre os raptos a comerciantes, mas este não se fez presente à reunião. (Carta)