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quinta-feira, 12 maio 2022 04:08

Conselho Nacional de Defesa e Segurança quer toda a ameaça terrorista “erradicada”

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O Conselho Nacional de Defesa e Segurança (CNDS) de Moçambique orientou ontem as forças moçambicanas a intensificarem as operações para erradicar todas ameaças terroristas na província de Cabo Delgado, no Norte de Moçambique.

 

“O CNDS encorajou as Forças de Defesa e Segurança a intensificarem as ações combativas, visando erradicar todas a ameaças terroristas, fator preponderante para o desenvolvimento das zonas afetadas e do país em geral”, refere uma nota da Presidência da República, emitida após a 9.ª reunião ordinária do órgão em Maputo.

 

Segundo a nota, o Conselho Nacional de Defesa e Segurança reconhece os “esforços” que estão a ser desenvolvidos no terreno pelas forças moçambicanas, que conta também com a ajuda de países-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e do Ruanda.

 

“O órgão saudou os esforços das Forças de Defesa e Segurança e de seus parceiros internacionais pela consolidação da segurança nos distritos afetados pelas ações terroristas na província de Cabo Delgado, facto que tem contribuído para o retorno progressivo das populações às zonas de origem”, acrescenta-se no comunicado.

 

Por outro lado, o CNDS pede que as autoridades acelerem as atividades para restituição dos serviços básicos em pontos conquistados, condição para um regresso “condigno” das populações que fugiram dos distritos afetados pelo conflito.

 

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

 

Há 784 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

 

Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a SADC permitiu recuperar zonas onde havia presença de rebeldes, mas a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como passagem ou refúgio temporário. (Lusa)

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