Através dos seus canais habituais de informação, o Estado Islâmico (EI) reivindicou, esta segunda-feira, a morte de três soldados moçambicanos depois de um ataque no passado sábado (07), a uma posição das forças moçambicanas no Posto Administrativo de Quiterajo, distrito de Macomia.
O Estado Islâmico classifica Moçambique/Cabo Delgado como uma província do seu Califado e diz ter usado armas automáticas durante a invasão da posição das forças moçambicanas. "Carta" apurou que, em Quiterajo, havia uma posição das FDS, que em Março findo resgatou perto de 50 pessoas que tinham sido libertadas pelos terroristas nas bases localizadas junto do rio Messalo.
O ataque a Quiterajo acontece numa altura em que o Chefe do Estado, Filipe Nyusi, e o ministro da Defesa, Cristóvão Chume, anunciam que os terroristas estão a registar baixas, mas estes ainda tentam mostrar alguma capacidade de resistência, ao desafiar as forças conjuntas moçambicanas, ruandesas e da SADC, na sequência de mais um ataque às FDS, no distrito de Macomia.
Recorde-se que o Comandante provincial da Polícia em Cabo Delgado, Vicente Chicote, apesar dos sinais de melhoria nas condições de segurança em Mocímboa de Praia e Palma, manifestou preocupação pelo facto de ainda haver ataques pontuais nos distritos de Macomia e Nangade.
Por outro lado, no passado dia 25 de Abril, o porta-voz ruandês da Defesa, Coronel Ronald Rwivanga, disse que as forças ruandesas estão a realizar operações conjuntas com as forças moçambicanas e da SADC, ou SAMIM, no distrito de Macomia, para expulsar o remanescente de terroristas em Chai. (Carta)