Quando em muitos círculos é cada vez mais audível a informação, ainda não oficialmente confirmada, da iminência da detenção de boa parte dos arguidos do caso das “dívidas ocultas”, o Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Joaquim Veríssimo, visitou hoje alguns estabelecimentos penitenciários em Maputo e Matola, com o objectivo de apurar o grau de prontidão da guarda prisional e também verificar se as condições de reclusão dos futuros “presos de luxo” é boa.
As visitas acontecem no meio de alegações segundo as quais algumas celas em estabelecimentos penitenciários na Matola (na cadeia central da Machava e na nova prisão da Zorba, na estrada velha da Matola) foram alvo de obras de melhoria para acolher os futuros reclusos das dívidas ocultas. Na Machava foram alegadamente reabilitadas nove celas, dotando-as inclusive de aparelhos de ar-condicionado. Há também indicações segundo as quais os futuros presos das "dívidas ocultas" irão ser encarcerados na prisão da Zorba, cujo refeitório está a ser melhorado.
Na semana passada, “Carta” noticiou que parte dos detidos iria ser encarcerada na nova prisão denominada “Guantánamo 1”, localizada dentro do recinto da BO, a velha cadeia de máxima segurança localizada na Machava, célebre por fugas famosas de assassinos convictos como Anibalzinho. A detenção de parte dos arguidos das "dívidas ocultas" vai acontecer dentro de dias, de acordo com informações de fontes fidedignas. O Ministério Público está a terminar as derradeiras diligências para o efeito. (Carta)