Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI

Empresas, Marcas e Pessoas

O Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto (PNAB), o primeiro e mais antigo parque nacional marinho de Moçambique, celebrou o seu 50 aniversário no dia 28 de Maio de 2021, coincidindo com o 10 aniversário da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), uma divisão do Governo moçambicano responsável pela conservação no país. Para comemorar a fundação do PNAB, o seu progresso nos últimos 50 anos, e o papel que o parque desempenha para as comunidades locais, um evento comemorativo foi realizado em Sitone, na Ilha de Bazaruto. Os participantes incluíram representantes do governo provincial de Inhambane, a ANAC, o governo distrital de Inhassoro e Vilankulo, os magistrados, as comunidades locais, o sector do turismo e os meios de comunicação social, entre outros.
 
O PNAB foi fundado em 25 de maio de 1971, numa acção progressiva por parte do Governo de Moçambique para proteger esta paisagem marítima excepcional - um bem natural de valor nacional e global significativo. Composto por cinco ilhas, três das quais albergam aproximadamente 5.000 habitantes locais, o arquipélago serve de santuário a milhares de espécies de peixes, baleias, raias-manta, golfinhos, tartarugas marinhas nidificantes e a última população viável de dugongos da região. A sua beleza e diversidade de vida selvagem fez de Bazaruto um destino turístico cobiçado do Oceano Índico.
 
Bazaruto registou alguns marcos importantes ao longo dos anos desde a sua fundação inicial em 1971, quando declarou uma área de 1.430km2 como o primeiro parque marinho nacional do país, reconhecendo a sua importância para pelo menos cinco espécies de tartarugas e abrigando uma população viável de dugongos em risco crítico. Em 2017, a ANAC convidou a organização de conservação, a  African Parks a celebrar um acordo de 25 anos para restaurar, desenvolver e gerir o Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto, e revitalizá-lo para se tornar uma das principais e mais produtivas áreas marinhas protegidas da África Oriental. Desde 2017 Bazaruto tem uma equipa significativa de guardas florestais com 53 indivíduos bem treinados, 16 dos quais são mulheres, que patrulham activamente o parque para prevenir actividades ilegais, especialmente a pesca em grande escala, dentro dos seus limites.
 
"Tivemos a honra de nos associar à ANAC em 2017 para os ajudar a concretizar a sua visão de garantir que esta paisagem significativa seja adequadamente protegida durante muito tempo no futuro", afirmou o Gestor do Parque de Bazaruto, Sr. Armando Guenha. "Este é um parque único onde milhares de pessoas estão dependentes da sua gestão e protecção, porque apoia a sua subsistência - desde os alimentos que produz até aos empregos que cria. É nosso privilégio trabalhar com o Governo para ajudar a proteger esta jóia oceânica profundamente importante, algo que eles já há 50 anos atrás viram valer a pena proteger".
 
Destaques de Bazaruto
 
  • Bazaruto é o mais antigo parque marinho em Moçambique e foi fundado em Maio de 1971.
  • A Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC), que dirige a gestão dos parques e reservas nacionais de Moçambique e a African Parks assinaram um acordo de 25 anos em 2017 para restaurar, desenvolver e gerir o Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto.
  • O parque contém uma variedade de habitats terrestres e marinhos que fornecem refúgio para mais de 170 espécies de aves, 48 espécies de répteis, 21 espécies de mamíferos terrestres, nove espécies de mamíferos marinhos, 500 espécies de moluscos marinhos e costeiros e 2.000 espécies de peixes.
  • O Arquipélago protege a última população viável de 250 dugongos no Oceano Índico Ocidental. O dugongo é o único representante vivo da família Dugongidae, outrora diversa, pois o seu parente moderno mais próximo, a vaca marinha Stellar, foi caçada até à extinção no século XVIII.
  • Bazaruto mantém uma equipa de guardas florestais de 53 membros, 16 dos quais são mulheres, que completaram cursos básicos de formação de guardas florestais, instrução de primeiros socorros, e alguns até mesmo de mergulho submarino. A unidade de guardas tem estado totalmente operacional no parque desde Janeiro de 2019.  
  • Quando o catastrófico ciclone Idai caiu em Moçambique em Março de 2019, Bazaruto forneceu benefícios muito para além das suas fronteiras. Foi lançada uma resposta de emergência no rescaldo imediato, entregando mais de 140 toneladas de alimentos, 1.500 kg de material médico e 2.200 kg de outros artigos essenciais a 2.900 famílias devastadas pelas cheias.(Carta)
 

A Machel Fidus em parceria com a Associação Ologa Conectar Moçambique promoveu no Posto Administrativo de Xilembene, Distrito de Chokwé, uma formação em Literacia Digital focalizada nas estudantes da Escola Secundária de Xilembene, com idades compreendidas entre os 13 aos 18 anos. A formação permitiu que as raparigas aprendessem sobre o uso da internet, as redes sociais e os perigos associados ao mundo digital como o assédio sexual, perseguições online e a divulgação não consentida de fotos íntimas que afectam particularmente inúmeras raparigas em Moçambique.

 

Esta iniciativa é levada a cabo num contexto em que a união de sinergias entre a  Machel Fidus e os seus parceiros, culminou com a  instalação de uma Torre de Wi-Fi gratuita no recinto da Escola Secundária de Xilembene em Novembro de 2020, que reflecte a importância  da componente tecnológica para o Projecto“ Um Gesto, Um  Sorriso”. Para as raparigas de Xilembene, esta foi uma oportunidade para que se insiram  num mundo cada vez mais tecnológico e possam participar activamente da promoção do desenvolvimento de Moçambique com maior segurança. (Carta)

A Cornelder de Moçambique SA distinguiu, recentemente, um total de 11 operadores intervenientes nos Terminais de Contentores e Carga Geral, no Porto da Beira, província de Sofala, no primeiro ciclo do Cornelder Annual Awards 2021.

 

Trata-se de uma iniciativa que visa comemorar as conquistas colaborativas e, igualmente, aproximar os líderes da indústria e premiar as organizações e indivíduos que têm contribuído para o crescimento do Porto de Beira.

 

Apesar das adversidades ditadas pela pandemia da COVID-19 e do impacto negativo na economia global, os Terminais de Contentores e Carga Geral do Porto da Beira registaram resultados positivos em 2020.

 

No final do ano, o Terminal de Carga Geral movimentou um volume recorde de 3,13 milhões de toneladas, superando o anterior recorde de 2,64 milhões de toneladas registrado em 2017.

 

Embora os volumes movimentados do Terminal de Contentores tenham reduzido em 1,7% entre 2019 e 2020, foi registado um total de 255.459 TEUs (Unidade Equivalente a Vinte Pés), em 2020, um número que demonstra que o Porto da Beira foi apenas marginalmente afectado pelo abrandamento do transporte marítimo devido à pandemia da COVID-19.

 

Os utentes dos Terminais de Contentores e Carga Geral premiados neste ciclo são Manica Freight Services (1º), LBH Mozambique (2º) e ISS Moçambique (3º), na categoria de Carga Geral-Agente de Navio do Ano, Manica Freight Services (1º), ETG Adubos, Lda (2º) e Terra Mar Logística (3º), na categoria de Carga Geral-Agente de Carga do Ano, Mediterranean Shipping Company – MSC, na categoria de Linha de Navegação de Carga Contentorizada do Ano, Transcom Sharaf Lda (1º), Mediterranean Shipping Company (2º) e Access World (3º), na categoria de Agente Transitário Contentorizado do Ano, Beira Logistics Terminals – BLT  (1º) , Independent Beira Logistics Terminals – IBLT (2º) e Mozambique Fertilizer Company (3º), na categoria Agente Transitário de Carga Mais Aprimorado do Ano, Africa Sugar Logistics (Zimbabwe), Illovo Zambia Sugar PCL (Zambia), na categoria de Exportador Agrícola do Ano.

 

As distinções couberam ainda aos operadores Zimasco (Zimbabwe) e CCM Stone (Mozambique), na categoria de Exportador de Minerais do Ano, Wide Julliet – Mediterranean Shipping Company, na categoria de Maior Navio de Carga Contentorizada do Ano, J&J Transport (1o), Transportes José Gomes (2o) e Sunline Mozambique Lda (3o), na categoria de Melhor Transportador Local do Ano, Cimentos de Moçambique, ETG Inputs Malawi Ltd (Malawi) e ETG Inputs Zambia Ltd (Zambia), na categoria de Importador de Carga Geral do Ano, e Mega Market (Zimbabwe), na categoria de Cargo/Importador de Carga Contentorizada Mais Notável. (Carta)

O antigo Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique, Flávio Menete, defendeu nesta terça-feira, em Maputo, durante um seminário de indução aos membros da Comissão Nacional de Eleições (CNE) organizado pelo Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), que, face ao aumento da população e, por conseguinte, do eleitorado no país, existe a necessidade de se pensar no uso do voto eletrónico, sobretudo nos locais onde seja possível; onde não há energia elétrica, a votação poderá ser feita aos moldes actuais.

 

Menete, que falava sobre o tema “processos eleitorais em Moçambique: lições, desafios e questões a considerar”, afirmou ser premente que os órgãos eleitorais trabalhem com vista à renovação da confiança do povo pelos processos eleitorais.

 

Falando concretamente da nova CNE, Menete disse que esta deve-se empenhar para que os gestores tenham conhecimento das regras e, por isso, a revisão da legislação eleitoral deve ser célere e atempada para que os gestores possam familiarizar-se com o dispositivo e desta forma aplicá-la de forma mais efectiva e eficientemente, “contrariamente ao que nos tem habituado”.(O.O.)

O Presidente moçambicano inaugurou hoje uma fábrica de cimento na província de Maputo, com capacidade de produzir dois milhões de toneladas por ano, além de reduzir a importação de clínquer, principal matéria-prima na produção do cimento.

 

"A fábrica irá melhorar a economia do negócio do setor da indústria de cimento porque implicará a redução de importações de clínquer, um dos insumos mais utilizados no processo de fabrico", disse Filipe Nyusi, na inauguração da fábrica em Matutuíne, na província de Maputo.

 

A nova fábrica, denominada Moçambique Dugongo Cimentos, vai produzir 5.000 toneladas de clínquer por dia, o que vai reduzir a sua importação em cerca de 360 mil toneladas por ano, que correspondem a 54 milhões de dólares (44 milhões de euros), avançou o chefe de Estado.

 

"Com a produção do clínquer no país estaremos a contribuir cada vez mais para a redução do custo de produção do cimento, tendo como escopo a estabilização do preço final e o aumento da capacidade de compra do cimento pelos moçambicanos", referiu o Presidente.

 

Segundo Filipe Nyusi, para a construção da fábrica foram investidos 330 milhões de dólares (270 milhões de euros), tendo empregado 350 pessoas.

 

"Reafirmo o compromisso de promover e atrair mais investimentos e empresários para estabelecer unidades industriais de produção de clínquer nas outras regiões do país", concluiu Filipe Nyusi.

 

Com a nova fábrica, Moçambique passa a ter 16 produtoras de cimento, nove das quais na província de Maputo e as restantes sete em Sofala, no centro do país, Nampula e Cabo Delgado, no Norte, e que têm, conjuntamente, a capacidade anual de produzir sete milhões de toneladas de cimento.(Lusa)

quarta-feira, 26 maio 2021 19:02

Paulo Zucula em liberdade

Finalmente, a Justiça mandou libertar o antigo Ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula. Ele saiu por ordem do Tribunal Superior de Recurso, que julgou favoravelmente seu pedido "habeas corpus". Sua libertação é por termo de identidade e residência, para além de uma caução carcerária de 50 mil Meticais Zucula foi detido preventivamente em Junho de 2019 no quadro de um processo de investigação em torno da construção do Aeroporto de Nacala pela brasileira Odebrecht. Ele é acusado de ter recebido suborno. Nada provado! Dois anos depois, e ainda estava a ser investigado. Na prisão, Paulo Zucula deu aulas, criou momentos de recreação musical e escreveu dois livros.