Os deslocados da guerra que fustiga a província nortenha de Cabo Delgado desde Outubro de 2017, irão receber 156 toneladas de arroz nos próximos dias. A doacção é feita pelo Grupo japonês Mitsui, através da sua subsidiária ETG, empresa agrícola do grupo. A formalização da entrega, avaliada em 100 mil dólares, decorreu na passada sexta-feira, dia 2, nos escritórios do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), em Maputo, e contou com as presenças do Director Geral da Mitsui em Moçambique, Yota Orii, com Gabriel Belém Monteiro, vice-presidente do INGD.
Na sua intervenção, o responsável da ETG destacou a “grande satisfação” que sente com a doacção, afirmando ser intensão do grupo “continuar a contribuir para o desenvolvimento da sociedade moçambicana. Mais adiante, salientou: “Esta foi a quarta doacção do grupo Mitsui a favor do INGD. A primeira foi em 2015, para as vítimas das cheias. A segunda foi em 2019, depois do ciclone IDAI. A terceira foi também nesse ano, após o ciclone Kennedy. As duas primeiras, foram em valor monetário, as últimas duas em géneros alimentícios.”
Por seu lado, Belém Monteiro, do INGD, após agradecer a doacção, congratulou-se pelo facto de a empresa ter estado ao lado do INGD na procura de soluções para os problemas das comunidades. “Mais uma vez estamos perante um gesto enorme solidariedade para com os nossos irmãos de Cabo Delgado. O ETG já tinha apoiado estas populações aquando do ciclone Kenneth. Agora estão a apoiar numa outra situação difícil. Significa que estão ao lado do Governo e do sofrimento das nossas comunidades. A ETG é um exemplo para as outras empresas. As empresas não devem só caminhar atrás do lucro, mas devem ter preocupações sociais e solidárias com as populações mais carenciadas.”
Reunido esta terça-feira, na sua 23ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, o Governo moçambicano decretou dois dias de luto nacional devido ao fatídico acidente de viação ocorrido no distrito da Manhiça, província de Maputo, e que tirou a vida de 32 pessoas e feriu mais 40, das quais 10 ainda se encontram em estado crítico, no Hospital Central de Maputo.
De acordo com o comunicado do Secretariado do Conselho de Ministros, os dois dias de luto nacional irão vigorar entre as 00:00 horas do dia 07 de Julho (hoje) e as 24:00 horas do dia 08 de Julho do ano em curso.
“Durante o período de Luto Nacional, a Bandeira Nacional e o Pavilhão Presidencial serão içados à meia haste em todo o território nacional e nas Missões Diplomáticas e Consulares da República de Moçambique”, refere a nota distribuída à comunicação social na tarde desta terça-feira.
Na nota, o Governo revela ainda ter decido criar uma Comissão de Inquérito Independente e Multidisciplinar, com o objectivo de apurar as causas do sinistro e propor medidas para travar os acidentes de viação em Moçambique. No entanto, os termos de referência e a composição do grupo serão conhecidos ao longo da semana.
“O Governo orienta para que se tomem diligências com vista a apurar-se as responsabilidades dos intervenientes neste acidente e assumir-se as responsabilidades para com as famílias enlutadas e as vítimas”, acrescenta o documento, exortando a todos os automobilistas, empresas de transporte de passageiros e demais intervenientes para a “escrupulosa observância das regras de trânsito”.
Refira-se que a tragédia da Manhiça continua a chocar o país, havendo passageiros e até transportadores com receio de viajar às províncias de Sofala ou Manica. Entretanto, esta é a primeira vez que o Governo decreta um luto nacional devido às consequências causadas por um acidente de viação. (Marta Afonso)
A IFC anunciou a aprovação de uma Garantia de cobertura de risco, no valor de 10 milhões de USD, ao abrigo do programa GTFP, a favor do Nedbank Moçambique. Este instrumento financeiro tem como objectivo proporcionar apoio às operações de financiamento de Comércio Internacional do Banco e irá permitir a estruturação de operações que têm como base soluções desenhadas à medida das necessidades específicas dos seus Clientes.
A IFC já começou a capacitar o Nedbank Moçambique em termos de conhecimento técnico, ao abrigo do Programa GTFP, através de um workshop que já teve lugar em Junho. Esta capacitação tem como objectivo apoiar o Banco no fortalecimento da sua estrutura Comercial, aumentar o know-how dessa equipa e, consequentemente, melhorar a gestão de risco comercial.
Segundo o Presidente da Comissão Executiva do Nedbank Moçambique, Joel Rodrigues, “para o Nedbank Moçambique, é um privilégio e um motivo de orgulho alcançar este marco, de formalizar uma parceria com a IFC, assim como beneficiar da partilha de conhecimento técnico no apoio da estratégia de financiamento de operações de Comércio Internacional do Banco”.
“Esta parceria certamente irá criar muitas oportunidades e aumentará a nossa capacidade de desenhar soluções personalizadas para as necessidades dos nossos clientes que operam nesta área. Para nós, é extremamente gratificante lançar esta parceria logo após a mudança de marca do Banco, que recentemente se tornou Nedbank Moçambique, por ser uma parceria que terá um forte impacto no mercado”, explicou.
O Programa GTFP da IFC oferece a mitigação de risco através de um pacote de 5.5 Biliões de Dólares que vai garantir o cumprimento das obrigações de pagamento relacionadas com o Comércio entre Bancos de economias em desenvolvimento. Desde o seu início em 2005, o programa emitiu mais de 71.000 garantias para transacções de financiamento de Comércio Internacional para apoiar o crescimento de vários sectores, em particular Infraestrutura, Agricultura e Saúde. A rede de apoio ao Comércio Internacional da IFC apoiou com mais de 190 Biliões de Dólares em operações, em mais de 90 países.
“À medida que Moçambique recupera e se reconstrói do impacto contínuo da COVID-19, torna-se essencial apoiar áreas-chave como o Comércio Internacional. O Comércio Internacional é a alavanca do crescimento económico, contribuindo para a criação de emprego e ajuda a melhorar o acesso a bens essenciais, especialmente para muitas Pequenas e Médias Empresas do País", disse Hector Gomez Ang, Director Nacional da IFC para Moçambique.
As garantias são específicas para cada tipo de transacção e podem ser emitidas para cobrir o risco de uma variedade de instrumentos subjacentes, como cartas de crédito, notas promissórias, garantias bancárias, garantias de pagamento antecipado, entre outros. As garantias da IFC estão disponíveis para todas as operações comerciais do sector privado que se enquadrem nos critérios de elegibilidade da IFC.
Refira-se que o Nedbank Moçambique é um Banco Universal, o qual se orgulha de prestar um serviço de qualidade. Foi fundado com a ambição de se tornar um Banco líder do sector estando actualmente presente nas 8 cidades economicamente mais movimentadas do país e contando com uma equipa de especialistas, nomeadamente, no segmento Corporate.
Um total de 42 garimpeiros ilegais foram condenados pelo Tribunal Judicial do Distrito da Gorongosa, província de Sofala, a penas que variam entre oito a 14 meses de prisão e ao pagamento de multas entre 30 a 60 dias (a uma taxa diária de 100,00 Meticais) por exploração ilegal de recursos minerais na zona tampão do Parque Nacional da Gorongosa, naquela região do país. A sentença foi lida no passado dia 29 de Junho.
A informação foi avançada esta segunda-feira pela Administração do Parque Nacional da Gorongosa, em comunicado de imprensa. Na nota, a fonte revela que os 42 condenados foram flagrados no passado dia 24 de Junho em plena actividade de garimpo ilegal de minérios, na zona de Nhandzeia, no distrito da Gorongosa. A operação envolveu fiscais do Parque e agentes da Polícia da República de Moçambique.
O Parque Nacional da Gorongosa sublinha que os referidos garimpeiros já haviam sido anteriormente abordados verbalmente pelas autoridades, com destaque para a Juíza do Tribunal Judicial do Distrito da Gorongosa, Procuradoria daquele distrito, assim como pela equipa de fiscalização daquela área de conservação, porém, não acatou os apelos.
Para a execução das actividades, a fonte revelou que o grupo recorria, entre outros instrumentos, a geradores, motores de moagem, britadeiras, chupadeiras de água, motobombas e picaretas. Possuía também produtos altamente tóxicos e nocivos ao meio ambiente.
Na nota, o Parque Nacional da Gorongosa garante que o garimpo e o desflorestamento ilegais são as principais ameaças à sobrevivência daquela área de conservação, pois, poluem directamente os rios que alimentam os animais do santuário da Gorongosa. (Carta)
Proeminentes investigadores sul-africanos estão trabalhando com o Federal Bureau of Investigation (FBI) americano após uma preocupação de segurança, segunda qual o grupo terrorista internacional, o Estado Islâmico (IS), possa estar a planear ataques coordenados na RAS.
Os investigadores sul-africanos reuniram-se com seus colegas do FBI na segunda-feira da semana passada, depois que quatro homens, que se acredita terem ligações com o grupo terrorista, foram presos em Durban. Dois dos homens faziam parte de um grupo de 12 presos, em Outubro de 2018, enquanto planeavam bombardear a popular Florida Road, em Durban, durante a época festiva do mesmo ano. Acredita-se que o grupo também esteja por trás do ataque com faca numa das mesquitas de Durban e de uma série de ameaças de bomba no mesmo ano.
Durante o ataque à mesquita, os agressores mataram um adorador cortando sua garganta e feriram gravemente dois outros após as orações do meio-dia em Verulam, nos arredores de Durban. O representante da equipe de imprensa da Embaixada dos Estados Unidos, Nick Hersh, recusou-se, na sexta-feira, a fazer qualquer comentário sobre a investigação. O porta-voz da polícia provincial de KwaZulu-Natal, Coronel Thembeka Mbele, confirmou que quatro homens com idades entre 23 e 47 anos foram presos por porte ilegal de armas de fogo e munições.
A polícia também encontrou cinco mil cartuchos de munição, um rifle AK-47, sete telefones celulares, dois carregadores, um rifle, além de diamantes e joias quando invadiram a residência dos suspeitos em Mayville, Durban, na semana passada. Um dispositivo de bloqueio de celular também foi descoberto. Mbele disse que os Hawks estão investigando o caso por causa de sua sensibilidade.
O Sunday Independent tem autoridade para afirmar que dois dos suspeitos estão ligados aos gêmeos Thulsie de Gauteng.
Tony-Lee e Brandon-Lee Thulsie e seu amigo Renaldo Smith foram impedidos de embarcar num voo no Aeroporto Internacional OR Tambo, em abril de 2015, porque planeavam voar para a Síria para ingressar no IS. Noutra tentativa, dirigiram-se a Maputo, em Moçambique, para embarcar num voo da Kenya Airways, mas também não tiveram sucesso. E eles acabaram sendo presos, em julho de 2016, depois que Tony-Lee entrou em contato com um agente do FBI que se passava por um agente do IS.
Os gêmeos Thulsie tornaram-se os primeiros sul-africanos a serem presos e acusados de terem ligações com o Estado Islâmico, já que o estado alegou que eles planeavam atacar a embaixada dos EUA, o Alto Comissariado do Reino Unido, a Federação Sionista da África do Sul, a King David High School Joanesburgo e Denel.
Smith virou testemunha estatal contra os seus amigos, mas conseguiu fugir, e posteriormente reapareceu na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, onde se juntou ao grupo jihadista que se autodenomina “al-Shabaab”, em maio de 2018.
Também circulou uma foto mostrando-lhe, com outros jihadistas em Moçambique, posando num campo com armas ao lado da bandeira em preto e branco do IS. Um investigador sénior da agência de aplicação da lei disse que há “fortes evidências de que o IS está planeando algo grande na África do Sul”.
“Acreditamos que eles estejam planeando ataques coordenados em toda a África do Sul”, avisou ele. Ele recusou-se a dar mais informações, pois se trata de uma investigação em andamento.
“Suspeitamos que o IS conseguiu construir algumas células em todo o país e que ainda continua recrutando novos membros.” O oficial disse que sua investigação estabeleceu que há um líder da quadrilha em Durban que está coordenando os ataques em todo o país.
“O dinheiro administra a maioria das células IS na África do Sul e financia suas operações. Também acreditamos que ele apoiou os gêmeos Thulsie cada vez que eles compareciam ao tribunal ”, acrescentou.
Ele confirmou que eles têm trabalhado junto com o FBI em sua investigação. “Não é segredo que estamos trabalhando com o FBI nessas investigações”.
(O texto original foi publicado na edição de ontem o Sunday Independent)
No que toca ao acidente da Maluana, hoje foram os “Transportes Nhancale”, amanhã será o “Nagy”.
Banir esta transportadora, como sugere o Comandante Geral da PRM, ou colocá-la na lista negra como decretou o Governador Parruque é o mesmo que trocar de médico, ou de Hospital, quando o problema é a falta de medicamentos.
O acidente de ontem fez a pátria chorar, sem luto oficial, mas qual é a surpresa?
Esses autocarros fazem corar de inveja o Lewis Hamilton…eles “vunam” de verdade.
Quem não se assusta, cada vez que é ultrapassado na N1 por estes machimbombos e olha, aterrado, para o conta-quilómetros?
Vamos sempre adiando a tomada de medidas sérias e as pessoas vão morrendo como galinhas.
Eis o que sugiro:
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