Director: Marcelo Mosse

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Empresas, Marcas e Pessoas

Na Quinta-feira, 12 de Agosto de 2021, o Embaixador dos Estados Unidos Dennis W. Hearne empossou a Sra. Helen Pataki como Directora da Missão da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) em Moçambique.  Nesta qualidade, ela irá liderar as actividades e assistência da USAID em todo o país.

 

Como Directora da Missão da USAID, a Sra. Pataki será responsável por liderar a parceria de desenvolvimento do Governo dos E.U.A. com o Governo da República de Moçambique, outros doadores, organizações não governamentais e o sector privado para melhorar a qualidade de vida de todos os moçambicanos, particularmente as comunidades carentes e marginalizadas.  Os programas da USAID representam a maior parte dos 500 milhões de dólares do Governo dos EUA em assistência anual a Moçambique, o maior doador bilateral do país.  Estes programas ajudam na melhoria da saúde dos moçambicanos, aumentam o acesso à água potável e saneamento, proporcionam educação primária de qualidade, promovem o crescimento económico inclusivo, melhoram os meios de subsistência e os rendimentos baseados na agricultura, combatem o tráfico de animais selvagens e protegem a biodiversidade, fortalecem a sociedade civil e os meios de comunicação social, e constroem resiliência a desastres naturais e conflitos.  Além disso, os programas de assistência humanitária da USAID ajudam a responder às necessidades imediatas e à recuperação contínua destas crises e de outras.

 

Antes de Moçambique, a Sra. Pataki foi Directora da Missão no Sudão de 2019 a 2021, onde supervisionou a programação da USAID durante o início da transição do Sudão para a democracia, na sequência de uma revolta popular que destituiu o regime anterior.  De 2018 a 2019, a Sra. Pataki desempenhou o cargo de Directora Adjunta da Missão em Islamabad, Paquistão, onde se concentrou na saúde, educação, estabilização e governação, infra-estruturas e operações.  De 2016 a 2018, exerceu as funções de Directora Adjunta de Missão na Tanzânia.

 

Durante os seus quinze anos de carreira na USAID, a Sra. Pataki trabalhou também como conselheira jurídica nas Missões da USAID na Tanzânia, Jordânia, África Ocidental e na Divisão de Legislação e Política do Gabinete do Conselheiro Geral da USAID em Washington, DC.

 

Pataki é Doutorada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Columbia e Licenciada em Economia pela Universidade da Califórnia em San Diego.  É membro das Associações de Advogados do Estado de Nova Iorque e do Distrito de Columbia. (Carta)

A Administração da empresa Moçambique Telecom (Tmcel) garante pagar salários a todos os 1.800 trabalhadores até esta sexta-feira. A garantia surge na sequência da carta datada de 11 de Agosto corrente, em que os trabalhadores da empresa se queixam de atraso do salário referente ao mês de Julho.

 

Face ao atraso, os trabalhadores dizem-se impossibilitados de cumprir com as suas obrigações, nomeadamente, pagamento de serviços prestados por terceiros, o caso de energia, água, rendas, bem como restrições na alimentação e assistência médica e/ou medicamentosa.

 

Mesmo diante dessa situação, os funcionários da Tmcel dizem que os administradores da empresa não se pronunciam sobre o assunto para esclarecer o que, de facto, se está a passar, como forma de devolver a moral e esperança dos trabalhadores.

 

“O mutismo que testemunhamos em volta desta situação em nada irá contribuir para um bom clima organizacional na empresa, já beliscada pelos efeitos da pandemia da Covid-19”, lê-se na carta.

 

Em contacto telefónico, o Administrador Executivo, Mário Albino, repudiou a forma de comunicação adoptada pelos funcionários. Negou ter havido mutismo no seio da Administração. Disse que houve um pronunciamento, mas não nos moldes em que os funcionários se comunicaram.

 

Todavia, reconheceu o problema e explicou que, desde 28 de Julho, a empresa tem estado a processar os ordenados. Até esta quinta-feira, o gestor disse terem sido pagos salários a pouco mais de 1.700 trabalhadores, faltando apenas 80 que receberão até hoje.

 

Explicou que o atraso (que por sinal é o primeiro, nos 50 meses de funcionamento da Tmcel) deveu-se, em geral, a questões conjunturais. Destacou que a empresa não está a receber o que factura das instituições do Estado (e não só), decorrente da redução dos seus orçamentos anuais face às crises que o país atravessa.

 

Como consequência, o Administrador revelou que os problemas conjunturais levaram à acumulação, por parte daqueles clientes, de uma dívida corrente de mais de 500 milhões de Meticais que, por fim, recai sobre a Tmcel. Todavia, garantiu haver abertura por parte do Ministério da Economia e Finanças para resolver o problema das referidas instituições oportunamente. (Evaristo Chilingue)

Premier League e La Liga dão o pontapé de abertura para a época de Futebol Imbatível na DStv e GOtv

 

Os telespectadores do SuperSport na DStv e GOtv podem esperar por muita acção com o início da nova época de Futebol com os jogos da Premier League e La Liga, programados para acontecer de Sexta-feira 13 a Segunda-feira, 16 de Agosto de 2021.

 

DStv e GOtv são as únicas verdadeiras casas do Futebol em África, oferecendo uma gama e profundidade de acção que nenhum outro concorrente pode igualar - é literalmente “Futebol Imbatível”! Se pretende investir em entretenimento, a sua única opção, é no melhor futebol do mundo.

 

A temporada 2021-22 da Premier League começa no próximo fim-de-semana, com o recém-chegado Brentford - o 50º clube diferente a disputar a Premier League desde sua formação em 1992 - iniciando a época com um jogo em casa contra o Arsenal, também londrino, na noite de Sexta-feira, 13 de Agosto.

 

Os Bees estão prontos para libertar o meio-campista nigeriano Frank Onyeka enquanto procuram reivindicar o couro cabeludo dos Gunners na sua primeira partida da liga principal desde a década de 1940. “Frank joga de forma excepcional, ele é muito rápido, flexível e será valioso para nós quando não tivermos posse de bola”, disse o técnico do Brentford, Thomas Frank. “Ele veio do campeonato dinamarquês e foi um dos melhores meio-campistas desse campeonato; achamos que ele tem potencial para se desenvolver ainda mais”.

 

Sábado, 14 de Agosto, traz um suspense em potencial no início da tarde, com Manchester United e Leeds United renovando sua rivalidade com um confronto em Old Trafford. O último encontro das equipes no “Theatre of Dreams” produziu uma vitória por 6-2 para os anfitriões e os telespectadores do SuperSport sem dúvida esperam por algo similarmente emocionante.

 

No Sábado, o Chelsea também receberá o Crystal Palace em um clássico em Londres, o Leicester City terá como base os nigerianos Wilfred Ndidi e Kelechi Iheanacho para inspirá-los a uma vitória em casa sobre o Wolverhampton Wanderers, e o início da tarde leva o Liverpool a viajar para Carrow Road para enfrentar novamente Norwich City.

 

“Estou feliz com isso, temos que apenas ter certeza de que temos a mentalidade certa para o primeiro jogo porque essa é a maior diferença - não é mais um amistoso de pré-época, temos que ir com tudo o que temos”, disse Jurgen Klopp, técnico do Liverpool. “Só fazemos tudo isso porque queremos ganhar jogos de futebol - queremos ganhar muitos jogos de futebol - e ganhar algo especial”.

 

No Domingo, 15 de Agosto, o Newcastle United e o West Ham United procuram um início rápido das suas épocas em um confronto à tarde, antes que a noite traga a escolha dos jogos da primeira rodada: Tottenham Hotspur vs Manchester City no Tottenham Hotspur Stadium, em Londres.

 

O City estará em busca de uma vitória de declaração ao abrir a defesa do título da Premier League, enquanto os Spurs entraram em uma nova era sob o comando do técnico Nuno Espírito Santo - um estrategista que levou a melhor sobre Pep Guardiola no passado, e que neste momento pretende cativar os fiéis do Tottenham e reivindicar uma vitória no confronto de abertura sobre os actuais campeões.

 

O SuperSport garante ainda muita emoção com a abertura de época da lendária La Liga! A temporada de 2021-22 da primeira divisão espanhola começa na noite de Sexta-feira, 13 de Agosto, com o Valencia recebendo o Getafe no Estadio de Mestalla. O Los Che passou por um período difícil em 2020-21 e o novo técnico, José Bordalas, estará sob pressão para vê-los subir de nível desta vez.

 

“Só espero que o Bordalas não sofra como o treinador anterior, Javi Gracia. Não são os torcedores que me preocupam... São os proprietários”, disse a lenda do Valencia, Dario Felman. “Os torcedores do Valencia estão zangados com os donos porque dirigem o clube como se fosse uma espécie de matraquilhos.”

 

A escolha dos jogos no Sábado, 14 de Agosto, será o de que o Real Madrid se dirige ao Estádio de Mendizorroza para enfrentar o Deportivo Alavés. Os ‘Los Blancos’ trocaram o técnico Zinedine Zidane por Carlo Ancelotti, mas a falta de grandes aquisições no mercado de transferências - além da perda dos principais defensores Raphael Varane e Sérgio Ramos - significa que o italiano estará entre a espada e a parede desde o início da época.

 

O actual campeão da Liga, o Atlético de Madrid abrirá a defesa do título no Domingo, 15 de Agosto, com um confronto fora de casa contra o Celta de Vigo. A equipe de Diego Simeone parece bem posicionada para vencer campeonatos consecutivos, mas o estrategista argentino não está tomando nada por garantido.

 

“Teremos que lutar com todas as nossas almas, sangue e lágrimas - assim como fizemos para ganhar a La Liga na temporada passada”, disse Simeone. “É muito cedo para falar do campeonato e coisas desse tipo, devemos nos concentrar apenas em fazer o melhor início de temporada possível.”

 

No Domingo, também teremos as performances do Barcelona e do Sevilla - duas equipes com esperança de destronar o Atlético – que iniciarão a época contra o Real Sociedad e o Rayo Vallecano, respectivamente. O Barça acrescentou Sergio Aguero, Memphis Depay e Eric Garcia à sua equipe, embora seja a estrela em ascensão do ‘mestre da ilusão’ Pedri e o retorno do guineense Ansu Fati, que deve deixar os torcedores do Barça ainda mais animados para a nova temporada.

 

Nenhum concorrente pode competir com a cobertura imbatível do SuperSport. Os nossos telespectadores na DStv e GOtv desfrutam de uma experiência incomparável do melhor do futebol.

A morte do nosso Pai despertou em nós um sentimento equiparado ao desaguar do Mar: Ele nunca realmente desagua. Sempre que se aproxima o dia 11 de Agosto recordamo-nos, em silêncio, que há 20 anos, num sábado, logo cedo pela manhã, cruzamos com ele no corredor da casa enquanto caminhávamos descalços do quarto à casa de banho; ele prestes a sair, a caminho do serviço.

 

Tão alto que era, abaixou-se, e de cócoras, com o seu icónico bigode, despediu-se de nós com alguns beijinhos picantes, que nos faziam cócegas, na promessa de à tarde irmos todos ao aniversário da nossa prima; já depois de questionado continuamente o porquê de ir ao serviço num sábado.

 

Poderá ter sido aquela a mais longa manhã de sábado que alguma vez tivemos. A dada altura chegaram à nossa casa as tias, irmãs do Pai. E continuavam a chegar mais pessoas, incluindo primos e a vizinha da porta ao lado, que fez questão de gerir o fluxo dos que vinham manifestar seu pesar. Estávamos cada vez mais entusiasmados com a chegada de visitas. Supúnhamos que elas se vinham juntar a nós para irmos à festa naquela tarde.

 

Mas, subitamente, por volta das 10:30h - 11:15h, nossa Mãe põe-se aos berros ao telemóvel, chamando pelo nome do Pai: “Siba! Siba!”. Com uma voz trémula e de agonia. Muito preocupados, porém sem tempo para reagir, fomos todos (os mais novos) levados às pressas para a casa da vizinha. De lá, podíamos ver no hall do prédio a cara da nossa vizinha coberta de imparáveis lágrimas, que tentava esconder, enxaguando-as com as mãos e antebraços.

 

Naquele momento iniciava a mais confusa tarde de sempre: nós em casa dos vizinhos a assistir bonecos animados e a jogar GAME BOY®, sempre na promessa de irmos à festa “daqui a pouco, quando [o] Pai chegar!”. A promessa nunca foi cumprida. Passamos o fim-de-semana e a semana seguinte dormindo em casa dos nossos tios, assim como dos padrinhos e dos primos mais próximos.

 

No regresso à casa, quando abriram a porta de frente, deparamo-nos com um monte de visitas, incluindo o nosso tio, irmão mais novo do nosso Pai. Perguntamos-lhe: "-Onde está [o] Pai?”. Sem resposta alguma, fomos levados às pressas para um dos nossos quartos, daquela vez desarrumado e com vários colchões. Lá se encontravam as nossas avós, tias e mães sentadas, todas de capulanas. Aquilo que parecia ser o fim de um momento de férias forçadas; depois de um momento de luz, vivemos o início de um pesadelo, um pesadelo sem sono.

 

Recebendo um abraço colectivo de uma das nossas avós, fomos notificados da morte do Pai. Choramos! Em demasia. Mas não terminamos devidamente nosso choro, pois, poucos minutos depois, o tio levou-nos a tomar sorvetes na baixa da cidade, algures perto do antigo serviço do Pai. Recordamo-nos de um espaço aconchegante e colorido, com estruturas de Pinguins, embora não tirássemos os olhos de uma TV pendurada à parede, onde passava constantemente a notícia da morte do nosso Pai. Não nos recordamos de termos apreciado aquele sorvete, mas vêm-nos a memória vaga de um saboroso hamburger do takeaway Papu. E nessa noite, novamente passada em casa de uma Tia, tivemos o primeiro momento livre para chorar em silêncio, sem luz nenhuma e muito menos a distração do GAME BOY®.

 

Recordamo-nos também de no dia seguinte irmos a um famoso alfaiate na Av. Mártires da Machava, mesmo próximo à intersecção com a Av. Eduardo Mondlane. O nosso primeiro vestuário formal, assim como a nossa primeira cerimónia fúnebre e visita ao cemitério foi para o funeral do nosso próprio Pai, e não para um casamento ou festa do dia das bruxas, como acontece à maior parte de crianças.

 

A mistura de indivíduos e emoções para duas crianças de oito e seis anos de idade, respectivamente, que haviam crescido num círculo relativamente fechado, foi complicada. Desde cumprimentar tios e avós que nunca havíamos conhecido, à longa viagem ao cemitério com um motorista numa limusine, e até ao discurso do Presidente Joaquim Chissano, recordamo-nos de um sentimento forçado de despedida.

 

Bastante forçado porque o nosso Pai não era só nosso, mas o herói na nossa família: imensamente adorado por todos os tios e tias, que eram quase todos mais velhos. Ele era estiloso, elegante, charmoso e saudável. Um exemplo de sucesso já naquela altura, ainda muito jovem em relação a muitos tios-amigos que o rodeavam. Apesar de mais novo, quando falava ninguém abria a boca e ninguém se esquecia das suas citações e/ou brindes em Espanhol, nos aniversários. Nada dentro do nosso conhecimento poderia acontecer ao nosso grandioso Pai naquela altura; certamente nada que subitamente o tirasse a vida.

 

Naquela idade, ainda que no início do novo milênio, não havíamos sido preparados ou educados para encarar a morte, quanto menos a do nosso Pai. E encará-la forçadamente, tendo de observar por contínuas horas o corpo do nosso Pai aprumado e sem vida num caixão, numa igreja que mais parecia um auditório para acomodar a multidão de pessoas que o conheciam e para quem era importante, após contínuas borrifadas do perfume Dior Fahrenheit e um beijinho na testa, para nós apavorante, senão bizarro. No funeral do nosso Pai não sentimos saudades dele como na semana anterior. Sentimo-nos demasiadamente amedrontados, confusos e imaturos para interpretar a situação.

 

 

Vinte anos depois desse golpe, permanecem a angústia da sua perda, o desrespeito do seu serviço ao Estado e a desonra da proeminente figura que era, assassinado pela mesma injustiça que se faz sentir, incessante, em variadas frequências, todos os dias: desde as falsas promessas feitas no próprio funeral; as retardadas investigações pelo Ministério Público e Tribunal Supremo, tanto no dia da morte do nosso Pai, como em 2009, quando surgiram alguns indiciados; contínuas notícias e esperanças apresentadas, já desde o julgamento do caso do assassinato do jornalista Carlos Cardoso; e de lá para cá o contínuo enriquecimento de vários dirigentes superiores do Estado incluindo suas famílias e afiliados, bem como filhos que conhecemos e connosco estudaram; tudo às custas do suor e sangue do nosso Pai.

 

  •          Vale mencionar as demais consequências causadas à nossa harmonia familiar, à afectividade da nossa Mãe, que nunca voltou a ser a mesma, às nossas vidas pessoais, por um crime de tamanha dimensão, nunca minimamente resolvido?
  •          Como se digere em silêncio o assassinato de um Pai descrito publicamente como tendo sido “atirado das escadas do décimo quarto andar do edifício do seu próprio local de trabalho”?
  •          Como se encara a bárbara possibilidade publicamente proferida como a de um potencial suicídio no local de trabalho numa manhã de sábado, na ausência de qualquer risco que o justificasse no mesmo espaço?
  •          Há quantos anos não se menciona sequer na imprensa o aniversário da morte do nosso Pai?
  •          Quem vai continuar a direccionar actuações de natureza artística no local e dia da sua morte, para “tapar o sol com a peneira”?

 

Quem se vai responsabilizar pela morte do nosso Pai? O Banco Central, cujos dirigentes na altura atribuíram ao nosso Pai, antigo Director da Supervisão Bancária, o cargo de presidente interino do Banco Austral, aos 33 anos de idade, apesar de haver na altura profissionais com maior experiência no ramo? A parcial ou totalidade de mais de mil e duzentas pessoas singulares e colectivas que tinham empréstimos vencidos no antigo Banco Austral? Alguma entidade individual ou colectiva que tenha prestado algum serviço ao mesmo banco na altura? Algum responsável pelo pré-existente sistema e equipa de segurança no dia e local de assassinato? O Ministério Público ou o Tribunal Supremo? Algum juiz ou ministro? Algum responsável da PIC? A AMECON? O Centro de Integridade Pública? O Banco Mundial? Ou alguém da Casa Militar?

 

Esta conversa é tão delicada que nunca foi devidamente iniciada na nossa presença dentro ou fora de casa, tanto entre irmãos ou mãe e filhos, bem como familiares, amigos ou conhecidos. Porém, é um dos, senão o mais odioso crime debatido em baixo tom de voz ou monólogo em Moçambique.

 

Infelizmente, 20 anos após a morte do nosso Pai, o "Porquê?" sempre foi evidente, o "Como?" parcialmente, e, em várias versões similares conhecidas por todos, mas resta-nos o "Quem? (Plural)". 20 anos depois não celebramos as belas memórias criadas pela sua presença e das suas conquistas enquanto vivo, no entanto, deixamos acima abertas estas perguntas. Numa dita democracia onde progressivamente desonramos os nossos tronos e pilares, já desde os ex-presidentes Eduardo Mondlane e Samora Moisés Machel, quem nos resta para liderar, trazer justiça e novos horizontes a esta sociedade?

 

Cada um de nós próprios, até que a imensidão do Mar finalmente desague.

 

Nota do Editor: Jessica e Valter Siba Siba Macuacua são filhos do antigo quadro do Banco de Moçambique, assassinado em 2001, quando tentava recuperar o crédito malparado do  Banco Austral. Seu assassinato nunca mais foi clarificado. Entre os devedores estavam figuras sonantes das elites políticas. O banco foi depois saneado pelo Estado com dinheiro dos doadores, e vendido ao ABSA da RAS. Na altura, o Governador do BM, que mandou Siba Siba ir gerir interinamente o Banco Austral, era Adriano Maleiane, hoje Ministro da Economia  e Finanças. Luísa Diogo era a Ministra do Plano e Finanças. Ela foi decisiva no saneamento do banco, depois de uma auditoria forense, forçada pelos doadores, e que apurou um quadro de gestão danosa no Austral, nunca levado a tribunal. Diogo é hoje PCA do ABSA. (MM)

 

A Zâmbia está “à beira de uma crise de direitos humanos”, diz a Amnistia Internacional na véspera de eleições no país, alegando que o presidente Edgar Lungu está usando tácticas repressivas para ganhar outro mandato nas eleições gerais marcadas para quinta-feira.

 

Refira-se que a Zâmbia estabeleceu um bom histórico de realização de eleições gerais desde a reintrodução da democracia multipartidária em 1991 pelo presidente fundador, o falecido Kenneth Kaunda, que presidiu um sistema de partido único por mais de duas décadas. Kaunda aceitou a derrota após 27 anos no poder e se aposentou e quando morreu, aos 97 anos, no início do mês passado, foi amplamente saudado como um estadista e uma figura de referência. 

 

A Zâmbia, um país de 18 milhões de habitantes, conquistou a reputação de uma democracia estável num continente onde as eleições geralmente levam a conflitos.

 

A Amnistia Internacional acusa Lungu de tentar reverter esses ganhos

 

“A situação dos direitos humanos deteriorou-se drasticamente”, diz a Amnistia Internacional sobre o governo de Edgar Lungu, de 64 anos de idade, que assumiu o poder pela primeira vez em 2015, após vencer uma disputada eleição intercalar para terminar o mandato do líder populista Michael Sata, que morreu no cargo.

 

Lungu foi então eleito em 2016 para um mandato completo de cinco anos, embora o seu principal rival, Hakainde Hichilema, novamente alegasse fraude. Se ele vencer, este será o seu último mandato, e a Amnistia Internacional alega que ele está usando a repressão para garantir a vitória. “O que vimos na Zâmbia, especialmente nos últimos cinco anos, é uma repressão cada vez mais brutal aos direitos humanos, caracterizada por ataques descarados a qualquer forma de dissidência”, disse Deprose Muchena, Directora da Amnistia Internacional para a África Oriental e Austral.

 

Num relatório intitulado “Governando pelo medo e repressão”, a organização de direitos humanos diz que a Zâmbia viu uma série de assassinatos perpetrados pela polícia, prisões de líderes da oposição e encerramento de meios de comunicação no meio de “um clima de medo e impunidade”.

 

Activistas da mídia social não estão seguros, diz a Amnistia Internacional, citando o caso de um jovem de 15 anos que aguarda julgamento por três acusações de difamação criminosa após criticar Lungu no Facebook. Entretanto, Edgar Lungu negou anteriormente ter sufocado a oposição e prometeu eleições livres e justas durante uma reunião com diplomatas estrangeiros no início deste ano.

 

O actual estadista zambiano enfrenta mais de uma dúzia de outros candidatos, mas o seu principal rival continua sendo Hakainde Hichilema, a quem derrotou por pouco em 2015 e 2016.

 

A Zâmbia, o segundo maior produtor de cobre da África, está lutando contra a crise económica agravada pela pandemia da COVID-19, que ressurgiu nas últimas semanas.

 

Lungu coloca exército para conter escalada da violência política antes das eleições 

 

Pelo menos duas pessoas foram mortas na violência pré-eleitoral neste país vizinho de Moçambique, antes das eleições da próxima quinta-feira. Casos de violência foram relatados nalgumas partes da Zâmbia, envolvendo apoiantes do partido governamental, a Frente Patriótica [FP] e da oposição, o Partido Unido para o Desenvolvimento Nacional [UPND] usando armas brancas.

 

Falando sobre os tumultos, o presidente zambiano referiu: “para conter a violência política, permiti que o Exército da Zâmbia e a Força Aérea ajudassem a polícia a lidar com a situação de segurança”, disse Lungu.

 

Embora a Comissão Eleitoral tenha banido as manifestações por causa do coronavírus, confrontos entre partidos políticos oponentes sobrecarregaram a polícia. “Manter a lei e a ordem é uma tarefa diária da polícia, mas às vezes eles precisam da ajuda de outras agências de segurança”, acrescentou Lungu, destacando ainda que os militares também vão garantir que o trabalho da Comissão Eleitoral não seja afectado.

 

Lembre-se o principal rival de Edgar Lungu, Hakainde Hichilema, foi detido várias vezes desde que começou a disputar as presidenciais.

 

SADC vai observar virtualmente as eleições na Zâmbia devido à COVID-19 

 

Devido à pandemia da COVID-19 e aos protocolos em vigor na Zâmbia, a observação eleitoral da SADC está a interagir com as partes interessadas virtualmente desde as fases pré-eleitoral, eleitoral e pós-eleitoral, diz o órgão num comunicado emitido em Gaberone.

 

Lemogang Kwape, ministro de Assuntos Internacionais e Cooperação de Botswana, foi nomeado chefe desta missão eleitoral virtual. A missão inclui representantes dos Estados-membros da Troika do Órgão da SADC, nomeadamente Botswana, África do Sul e Zimbabwe, bem como membros do Conselho Consultivo Eleitoral da SADC e será apoiada pelo Secretariado da SADC. As consultas virtuais com as partes interessadas ocorrem desde 3 de Agosto.

 

Jakaya Kikwete lidera missão de observação da Commonwealth para a Zâmbia 

 

O ex-presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete, lidera um grupo da Commonwealth, que funcionará de forma imparcial e independente, de acordo com os padrões expressos na Declaração Internacional de Princípios para Observação Eleitoral.

 

O grupo é apoiado por uma equipa do Secretariado da Commonwealth chefiada pelo Professor Luis Franceschi, Director Sénior de Governação e Paz. Kikwete também liderou a Missão de Observação da Commonwealth na Zâmbia durante as eleições de 2016.

 

COMESA integra observadores eleitorais para as 10 províncias da Zâmbia 

 

O Mercado Comum para a África Oriental e Austral [COMESA] expressou satisfação por ter a oportunidade de fazer parte dos observadores eleitorais para as eleições gerais de 12 de Agosto.

 

A Secretária-Geral da COMESA, Chileshe Kapwepwe, revelou que sua organização enviou uma missão de observadores eleitorais que será liderada por Membros do Comité de Anciãos da COMESA, o Embaixador Ashraf Rashed do Egipto com assistência de Hope Kivengere de Uganda.

 

Kapwepwe acrescentou que outros membros da missão incluirão observadores do Burundi, República Democrática do Congo, Egipto, Quénia, Líbia, Malawi, Ruanda, Sudão, Somália e Zimbabwe e funcionários do Secretariado da COMESA. Ela destacou ainda que o processo de observação será guiado pela constituição e estrutura legal da Zâmbia, incluindo as directrizes do COMESA sobre observação eleitoral.

 

“Como parte da sua missão, a equipa de observadores consultará vários actores eleitorais, incluindo partidos políticos, segurança, a Comissão Eleitoral da Zâmbia, sociedade civil e a mídia, entre outros. Eles também trocarão opiniões com outros observadores eleitorais”, explicou Kapwepwe.

 

Antes do envio dos observadores, o Secretariado da COMESA, com sede na Zâmbia, vem monitorando a evolução da situação pré-eleitoral no país, incluindo campanhas, educação cívica e recenseamento eleitoral, entre outros. Kapwepwe acrescentou que a missão cobrirá todas as 10 províncias e espera a cooperação de todos os zambianos. (F.I)

Mais 12 pessoas perderam a vida no país, devido à Covid-19, segundo a actualização feita esta quinta-feira pelo Ministério da Saúde (MISAU), subindo para 1.538 o total de óbitos causados pela pandemia.

 

De acordo com a fonte, nove vítimas mortais são do sexo masculino e três do sexo feminino, tendo idades que variam entre 28 e 77 anos. O MISAU revela que sete óbitos foram registados na cidade de Maputo, três na província de Gaza, enquanto as restantes foram notificadas nas províncias do Niassa e Inhambane.

 

Para além dos novos óbitos, as autoridades da saúde anunciaram o diagnóstico de mais 1.611 novas infecções, de um conjunto de 6.057 amostras testadas, o que representa uma taxa de positividade de 26.6%.

 

As novas infecções foram notificadas em todas as províncias do país, com destaque para a cidade de Maputo (690) e as províncias de Manica (169), Gaza (155), Niassa (150), Inhambane (132) e Maputo (109). Cabo Delgado continua a registar números inferiores a 10, tendo notificado apenas dois casos. Assim, o país conta com um cumulativo de 129.036 casos positivos da Covid-19.

 

Na actualização feita esta quinta-feira, as autoridades da saúde anunciaram ainda o internamento de mais 58 pessoas, contra 46 que tiveram alta. Assim, o país conta com um total de 485 pacientes internados, devido à Covid-19.

 

Entretanto, 421 pacientes foram declarados recuperados da pandemia, aumentando para 101.333 o total de pacientes recuperados da Covid-19. Os recuperados foram declarados nas províncias de Manica (237), Inhambane (166) e Zambézia (18).

 

Referir que, actualmente, o país conta com um cumulativo de 26.161 casos activos da Covid-19, dos quais 12.462 estão na cidade de Maputo e 6.125 na província de Maputo. (Carta)