Numa altura em que a comunidade portuguesa residente em Moçambique já assistiu a raptos e assassinatos de alguns dos seus concidadãos (aqui residentes) – principalmente a partir de 2014 – diferentes órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros procuraram saber do Ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, que se encontra no país a acompanhar a visita do presidente Marcelo Rebelo de Sousa, qual a posição do seu governo, relativamente a um conjunto de casos: o (1) de Américo Sebastião, raptado em 2016, numa estação de abastecimento em Marínguè, e que até agora – tanto quanto se sabe – as investigações resultaram em “nem água vem e nem água vai”; o (2) de José Paulo Antunes Caetano, de 51 anos de idade, que vivia em Moçambique havia oito anos, operava no ramo da construção civil alugando máquinas a interessados e foi morto em 2018, após ter sido raptado; e o (3) de Inês Botas, que em 2017, com 28 anos de idade, foi assaltada, maltratada, violentada, amarrada e atirada no rio Púnguè, a pouco mais de 70 km da cidade da Beira, perdendo a vida.
Augusto Santos Silva respondeu: “as questões da segurança e justiça de casos ligados a cidadãos portugueses em Moçambique têm sido tratadas a nível dos governos, da boa relação entre os presidentes e ao nível das autoridades judiciárias”.
Santos Silva acrescentou ainda: “através da cooperação a nível dos governos e também da boa relação entre os presidentes e da cooperação a nível das autoridades judiciárias, esperamos que tudo se resolva”.(Carta)