O país passará a importar menos gás de cozinha, a partir dos próximos três anos, pelo facto de estar em implementação, a nível interno, um projecto com capacidade anual de produção de 20 milhões de Toneladas Métricas (TM). A informação foi anunciada, na passada quinta-feira, em Maputo, pelo Instituto Nacional de Petróleo (INP).
Falando em conferência de imprensa, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do INP, Carlos Zacarias, explicou que o gás deverá ser extraído na Bacia de Moçambique, a partir dos blocos de Pande e Temane, no distrito de Inhassoro, província de Inhambane.
“O projecto prevê produzir 20 milhões TM de gás de cozinha por ano, a ser comercializado em botijas. Essa quantidade é 60 % do actual consumo no país”, explicou Zacarias.
Segundo o PCA do INP, o projecto levado a cabo pela petroquímica sul-africana SASOL, é avaliado entre 500 a 700 milhões de USD no mínimo.
Com a implementação do projecto, Zacarias assinalou que a importação do gás doméstico vai diminuir e, por consequência, também irá reduzir a carga fiscal para a aquisição do bem no exterior.
Dados da Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO) indicam que, nos últimos dois anos, o país gastou, em média, 18 milhões de USD para importar uma média de 34 milhões de TM de gás de cozinha. (Evaristo Chilingue)