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quarta-feira, 09 outubro 2019 07:06

EDM investe 600 milhões de USD para construção da linha de alta tensão Chimuara-Nacala

A Electricidade de Moçambique (EDM) e as construtoras indianas Larsen e Toubro e a espanhola Elecnor assinaram, esta terça-feira (08 de Outubro), em Maputo, o acordo de construção da linha de alta tensão Chimuara-Nacala.

 

Os contratos, designados Lote 1 e Lote 2, foram assinados pelo PCA da EDM, Aly Sicola Impija, e os representantes da Larsen e Elecnor, Rahul Sikka e Vicente Ripio, respectivamente, e tem por objectivo reforçar a capacidade de transporte de energia na região centro e norte, assim como responder à demanda de consumo, com destaque para as zonas económicas de Mocuba (Zambézia) e Nacala (Nampula), incluindo os mega-projectos, em Cabo Delgado, e garantir a qualidade, fiabilidade e segurança no fornecimento de energia.

 

Segundo o PCA da EDM, Aly Impija, o projecto da linha de alta tensão Chimuara-Nacala foi desenhado para ser implementado em três fases, de modo a facilitar o seu financiamento, avaliado em 600 milhões de USD. A primeira fase, que cobre a secção de Chimuara e Alto-Molócuè, na Zambézia, conta com o financiamento do Banco Islâmico de Desenvolvimento no valor global de 200 milhões de USD, entretanto, ainda estão a ser mobilizados fundos para a implementação das outras duas fases.

 

Impija disse ainda que o acordo representa um marco importante para aquela empresa pública, visto que dá início à construção daquela infra-estrutura de 400 quilovolts, que vai permitir o escoamento de grandes quantidades de energia e, desta forma, industrializar o país e interligar a energia moçambicana à rede de energia da República da Tanzânia.

 

Entretanto, esta primeira fase irá beneficiar a província da Zambézia nas zonas de Quelimane, Mocuba, Morrumbala, Alto-Molócuè, incluindo o norte de Sofala, em Caia, Marromeu entre outros, através da capacidade instalada nas novas subestações.

 

Assim sendo, a EDM espera que as empresas seleccionadas cumpram com o preconizado nos contratos de forma a ter um projecto com sucesso e com qualidade dentro do orçamento estabelecido e no prazo acordado de 24 meses.

 

Por outro lado, é também importante que as empresas seleccionadas dêem prioridade ao recrutamento da mão-de-obra nacional para que o projecto seja inclusivo em benefício às comunidades locais. (Marta Afonso)

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