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quarta-feira, 09 outubro 2019 07:04

Consórcio da Área 4 dá passo para Decisão Final de Investimento do projecto Rovuma LNG

Quatro meses depois da aprovação do Plano de Desenvolvimento, o consórcio Mozambique Rovuma Venture (MRV), que opera na Área 4, deu ontem (08), em Maputo, mais um passo para a Decisão Final de Investimento (FID, sigla em Inglês) para o projecto Rovuma LNG, a ser anunciada no primeiro semestre de 2020.

 

O projecto Rovuma LNG irá produzir, liquefazer e comercializar gás natural de três reservatórios do complexo Mamba, localizado no bloco da Área 4, na Bacia do Rovuma, dois dos quais atravessam a fronteira com a vizinha Área 1. O Plano de Desenvolvimento do projecto, ora aprovado, prevê uma produção de Gás Natural Liquefeito (GNL) de 15,2 milhões de toneladas por ano.

 

Em evento para anunciar a Decisão Inicial de Investimento, o vice-presidente para a LNG Global da ExxonMobil, Peter Clarke, disse, em representação do MRV, que o grupo prevê investir mais de 500 milhões de USD a serem aplicados em actividades preparatórias, ou seja, até à fase inicial de construção da plataforma de liquefação do Gás Natural, a iniciar após o FID.

 

Coube, no entanto, ao Presidente da República (PR), Filipe Nyusi, que dirigiu a cerimónia, precisar que, nesta fase inicial, o consórcio irá investir 520 milhões de USD. Para o PR, o anúncio significa que o projecto Rovuma LNG da Área 4 da Bacia do Rovuma tem condições para avançar para as fases seguintes, nomeadamente, desenvolvimento, construção, produção e comercialização.

 

“Das informações que temos, este projecto trará, no seu pico, ganhos nominais ao Estado moçambicano, na ordem de 46 biliões de USD e 3.8 biliões para a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) [que também congrega o consórcio] e, no período de construção, espera-se que o projecto empregue cinco mil moçambicanos”, sublinhou Nyusi.

 

Para a materialização do projecto, o MRV concessionou, com a assinatura no evento de um contrato da empreitada das infra-estruturas de GNL ao consórcio JFT e Thecnip FMC, uma Joint Venture que também tem contrato para as operações do projecto Coral Sul, igualmente em instalação na Área 4 da Bacia do Rovuma.

 

O MRV é composto pela ExxonMobil, Eni e CNPC, que detêm 70 por cento de interesse participativo no contrato de concessão para pesquisa e produção, Galp, KOGAS e ENH E.P, que detêm cada uma 10 por cento de interesse participativo. (Evaristo Chilingue)

 

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