O encerramento do posto fronteiriço de Lebombo, por vários dias, devido às manifestações contra os resultados eleitorais, causou um declínio de 20% no comércio entre a África do Sul e Moçambique, em comparação a 2023.
A principal fronteira entre Moçambique e a África do Sul foi fechada durante alguns dias entre Novembro e Dezembro, quando manifestantes bloquearam camiões após o apelo do candidato presidencial Venâncio Mondlane por mais manifestações contra os resultados da votação de nove de Outubro.
Apoiantes de Venâncio Mondlane bloquearam o tráfego na fronteira de Ressano Garcia, onde dezenas de camiões com destino à África do Sul foram encurralados e as forças de segurança escoltaram alguns carros.
Contudo, actualmente, pessoas e bens estão a circular livremente entre a África do Sul e Moçambique através da fronteira de Lebombo, que ficou fechada por vários dias devido à violência pós-eleitoral. A fronteira foi aberta no passado dia 13 de Dezembro e, até ao momento, não houve perturbações.
O vice-comissário da Autoridade de Gestão de Fronteiras (BMA na sigla em inglês), David Chilembe, disse que depois da reunião de ontem entre delegações da África do Sul e de Moçambique a sua instituição vai delinear os planos para o futuro.
O ministro das Finanças, Enoch Godongwana, referiu-se à queda do comércio em 20% em resposta escrita ao líder do partido Rise Mzansi, Songezo Zibi. No entanto, Godongwana disse que o impacto total das interrupções ainda não foi totalmente calculado.
Entretanto, os dados à sua disposição mostraram um declínio de dois dígitos nas declarações de exportação. Os 20% representam uma variação negativa no valor aduaneiro de R$ 4,8 biliões e um ligeiro aumento nas declarações de importação de 13,1% ou 676 declarações.
A pergunta de Zibi a Godongwana exigia clareza sobre as contingências futuras que haviam sido colocadas em prática. Em resposta, ele disse que houve esforços entre os dois países para aliviar o impacto, como fazer “acordos alternativos com E-swatini para redireccionar a carga da África do Sul via E-swatini e através do posto de fronteira de Namaacha para Moçambique”.
A comissária interina da BMA, Jane Thupana, disse que a sua instituição notou um declínio de 50% no movimento de viajantes este ano, em comparação com 2023. “O processamento ocorre principalmente nas primeiras horas e no fim da tarde, quando os distúrbios do lado moçambicano diminuem.”
No dia em que a movimentação de cargas foi suspensa, Thupana pediu às empresas de transporte que têm instalações em Komatipoort que desviassem os seus camiões para os parques. (The Citizen)