Sir Motors
Importar diversos combustíveis foi muito caro para o país no segundo trimestre do presente ano. Dados disponibilizados recentemente pelo Banco de Moçambique indicam que, no período em análise, a factura de importação de combustíveis situou-se em 578 milhões de USD contra apenas 213 milhões de USD despendidos em igual período de 2021, o que resultou num crescimento de 366 milhões de USD.
Olhando para estes dados, constata-se que o custo de importação de combustíveis líquidos quase triplicou em 2022, devido ao impacto do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que dura há sensivelmente oito meses e sem fim à vista.
Com base na referida factura, constata-se ainda que, mensalmente, a Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO) precisou de cerca de 200 milhões de USD para garantir o fornecimento de combustíveis a economia, do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Índico, contra uma média de 71 milhões de USD demandados no segundo trimestre de 2021.
A factura de combustíveis foi a mais cara (facto que se reflecte no actual elevado custo de vida no país), pois, o crescimento de importações das outras três principais mercadorias foi abaixo de 70 milhões de USD. No período em análise, o crescimento da importação de alumínio foi de 65 milhões de USD, tendo a factura atingido 168 milhões de USD, contra 103 milhões de USD de 2021.
A importação de automóveis cresceu 5 milhões de USD ao sair de 85 milhões de USD em 2021, para 90 milhões de USD em 2022. O país não necessitou de tanta maquinaria no período em análise, de tal modo que a importação caiu 19 milhões de USD, pois a factura foi de 260 milhões de USD contra 279 milhões do segundo trimestre de 2021.
No cômputo geral, as importações cresceram no segundo trimestre de 2022 em 351 milhões de USD, tendo a factura de todos os produtos custado 2.3 biliões de USD contra 1.9 bilião de USD contabilizados no primeiro trimestre de 2021. (Evaristo Chilingue)
