De 19 de Agosto último a 21 de Outubro corrente, o Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) tem anunciado a apreensão de diferentes tipos de armas, encontradas em “mãos alheias” e/ou abandonadas.
Um levantamento realizado pela nossa reportagem constatou que, neste período, mais de 70 armas de fogo, de diferentes tipos e calibres, foram apreendidas pelas autoridades policiais, com maior destaque para AK-47, Short-Gun, STAR, Browing Patent e makarov. As apreensões ocorreram em quase todas as províncias, com maior realce para a Cidade de Maputo e as províncias de Maputo, Gaza, Manica e Zambézia.
Por exemplo, no comunicado de imprensa desta semana, a PRM diz ter apreendido, na capital do país, uma arma de fogo de tipo pistola, marca STAR, nº. 651099, que estava nas mãos de dois jovens de 21 anos de idade.
Já na cidade de Chókwè, província de Gaza, foram apreendidas duas armas de fogo do tipo pistola (uma Makarov nº BP3589 e uma Browing Patent nº 4451), abandonadas na via pública.
Na localidade de Chipopo, distrito de Machaze, província de Manica, foi apreendida uma arma do tipo caçadeira, de fabrico caseiro, que se encontrava nas mãos de um cidadão de 38 anos de idade.
Enquanto isso, na província da Zambézia, concretamente, no Posto Administrativo de Alto-Benfica, localizado no distrito de Mocuba, a PRM apreendeu duas armas de fogo (uma AK-47 e uma caçadeira), nas mãos de um cidadão de 71 anos de idade. (Carta)
Os antigos combatentes, que se encontram no famoso “Planalto de Mueda” e as Forças de Defesa e Segurança (FDS), baseadas na vila-sede do distrito de Mueda, reivindicam (não oficialmente) terem abatido 270 terroristas entre as zonas de Awasse e Chinda, no distrito de Mocímboa da Praia.
Segundo fontes militares, que se encontram no chamado “teatro operacional norte”, a operação começou na passada sexta-feira, tendo terminado no último domingo. Conforme contam, tudo começou quando um grupo de antigos combatentes – que recebeu armas das autoridades para defender e vigiar o distrito de Mueda, terra natal do Chefe de Estado, Filipe Jacinto Nyusi – e alguns elementos das FDS, saíram para mais uma jornada de patrulha conjunta, visando controlar o alastramento dos ataques terroristas que, desde Outubro de 2017, vêm assolando aquela província.
Durante a operação, narram as fontes, os combatentes encontraram um acampamento dos terroristas que foi prontamente bombardeado por helicópteros, que sobrevoavam a zona. A operação continuou por via terrestre, tendo sido recuperado material bélico e sete camiões, que se acredita terem sido assaltados pelos terroristas no ataque de Agosto último, ocorrido na vila-sede do distrito de Mocímboa da Praia. As fontes garantiram ainda que não houve baixa por parte das FDS.
Entretanto, avançam algumas fontes, na última segunda-feira, os terroristas voltaram a atacar a aldeia Koko, sediada a 17 Km da vila-sede de Macomia, tendo raptado uma pessoa e incendiado diversas casas. (O.O & Carta)
A Sexta Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM) marcou, para esta terça-feira, a leitura da sentença dos dois arguidos (já detidos) acusados de terem desviado 155 milhões de Meticais, das contas do Tesouro, através do Centro de Desenvolvimento de Sistemas de Informação de Finanças (CEDSIF), uma instituição pública, que se dedica à promoção de serviços de modernização de sistemas de informação de gestão de finanças públicas.
De acordo com o “Jornal Notícias”, na sua edição de ontem, Gama Nhampalele, técnico de informática do CEDSIF, e Liliana Bule, representante de uma das empresas usadas para sacar os fundos, são acusados pelos crimes de furto informático de moedas ou valores; associação para delinquir; falsificação de documentos autênticos ou que fazem prova plena; e branqueamento de capitais. Lembre-se, o processo envolve cinco arguidos, porém, três encontram-se foragidos.
Segundo o “Notícias”, citando a acusação do Ministério Público, a quadrilha efectuou 28 pagamentos de forma fraudulenta para quatro beneficiários, entre os dias 25 de Janeiro de 2016 e 21 de Janeiro de 2020, no valor total de 155.720.534,68 Meticais.
O “Notícias” explica que uma das empresas que se beneficiou da fraude é a Exotyka, que recebeu cerca de 60 milhões de Meticais, entre 25 de Janeiro e 7 de Julho de 2016. Por sua vez, a empresa BLM Serviços recebeu 40 milhões de Meticais, de 19 de Abril a 7 de Julho de 2017, enquanto a Mahiele Investimentos, Lda. recebeu acima de 23 milhões de Meticais, entre os dias 19 de Dezembro de 2019 e 21 de Janeiro de 2020.
No entanto, a Exotyka, Lda., pertencente a Carlos Manuel Pinto, que se encontra foragido da justiça, viria a efectuar transferências no valor de 59.675.021,01 MT para diversas entidades, tendo ficado com três milhões de Meticais.
Segundo o “Notícias”, Liliana Bule, que conhece o seu futuro hoje, ficou com nove milhões de Meticais e a Empresa SS&Filhos recebeu 1.500.000,00 MT. Por seu turno, Atanásio Nacatembo, um dos foragidos da justiça, recebeu 24 milhões de Meticais; e Benjamim Mucavele encaixou 1.700.000,00 MT. (Carta)
Os terroristas mataram duas pessoas na aldeia Ntapuala, no distrito de Macomia. Segundo fontes locais, as duas pessoas foram decapitadas na noite do último domingo, após o ataque levado a cabo pelo grupo terrorista àquela aldeia. A aldeia, refira-se, situa-se a pouco mais de 6 Km da vila-sede do distrito de Macomia, que foi alvo dos terroristas na semana finda, mas sem sucesso.
A situação, narram as fontes, deixou os residentes da região em pânico. Algumas famílias passaram a noite no mato e outras refugiaram-se nas aldeias vizinhas. O distrito de Macomia, um dos mais importantes da província de Cabo Delgado, tem sido alvo de uma nova investida dos terroristas, desde finais de Setembro último. Aliás, na passada sexta-feira, por exemplo, o grupo acampou-se nas proximidades do Posto Administrativo de Mucojo, tendo aumentado o pânico na população daquele ponto do país.
Outros ataques, garantem as fontes, foram registados nas aldeias de Churumba e Olumbe, nos distritos de Quissanga e Palma, respectivamente. Nestes pontos, dizem as fontes, não houve registo de vítimas mortais, apenas de danos materiais. (Carta)
Foram apreendidos 185 Kg de droga do tipo crack (em pacotes de 1 Kg cada) e 158 Kg de heroína (também em pacotes de 1 Kg), na noite da última quarta-feira, no distrito de Ribáuè, província de Nampula. A informação foi avançada esta quinta-feira, pelo porta-voz do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, Zacarias Nacute.
Segundo Nacute, a droga estava escondida num fundo falso, dentro de uma viatura contentorizada. Na viatura, seguiam duas pessoas, sendo uma de nacionalidade nigeriana e outra de nacionalidade moçambicana. Aliás, a droga só foi descoberta após um trabalho aturado da Polícia, na cidade de Nampula e que a mesma era proveniente da província de Cabo Delgado.
O porta-voz da Polícia, em Nampula, avançou ainda que os dois indivíduos transportavam consigo 119.420,00 Meticais, três telemóveis e documentos. Revela que esta é a maior apreensão de todos os tempos naquele ponto do país.
Nigeriano detido em Maputo com 530 gramas de cocaína e BI falsos
Já nesta quinta-feira, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), a nível da Cidade de Maputo, anunciou a detenção de um cidadão nigeriano, de 32 anos de idade, encontrado na posse de 530 gramas de cocaína, quando pretendia enviar a mesma para a República Popular da China. A droga estava enrolada no meio de materiais de costura.
Segundo Hilário Lole, porta-voz do SERNIC, na Cidade de Maputo, para além da droga, o indivíduo tinha Bilhetes de Identidade falsos. (O.O. & Carta)
Detido no último sábado por elementos das Forças de Defesa e Segurança (FDS), no distrito de Mueda, e, posteriormente, transferido para o distrito de Montepuez, na província de Cabo Delgado, Joseph Adremane Kumocho, de 39 anos de idade, natural do distrito de Mocímboa da Praia, já se encontra em liberdade.
De acordo com as fontes, Kumocho terá sido solto, depois de a família e conhecidos terem-se manifestado junto das autoridades, alegando que o indivíduo não era a pessoa procurada.
Aliás, as autoridades soltaram ainda três fuzileiros, que haviam sido detidos em Abril último, no distrito de Ibo. Os três terão sido soltos sem que houvesse abertura de um processo-crime, porém, os mesmos foram exigidos a pagar caução.
Refira-se que a falta de provas é a razão principal que já levou o Tribunal Judicial da província de Cabo Delgado a libertar mais de 100 cidadãos, que eram acusados de serem integrantes do grupo terrorista que, há três anos, vem assassinando e destruindo bens públicos. (O.O.)