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quinta-feira, 11 março 2021 06:15

Ataques em Cabo Delgado: Governo fala de “retorno gradual da estabilidade e segurança”

O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, garantiu, esta quarta-feira, que a estabilidade e segurança estão a regressar gradualmente à província de Cabo Delgado, região norte do país.

 

De acordo com o PM, o retorno gradual resulta da bravura das Forças de Defesa e Segurança (FDS) no que à resposta aos ataques terroristas diz respeito. Do Rosário fez estes pronunciamentos na Assembleia da República (AR), no primeiro dos dois dias reservados à Sessão de Informações ao Governo.

 

“Em relação ao combate ao terrorismo, regista-se uma tendência do retorno gradual da estabilidade e segurança públicas na província de Cabo Delgado mercê da bravura das Forças de Defesa e Segurança”, garantiu Carlos Agostinho do Rosário.

 

Cabo Delgado é palco, lá vão pouco mais de três anos, de ataques terroristas perpetrados por indivíduos inspirados no radicalismo islâmico extremo. Estimativas apontam que os ataques terroristas já tenham feito cerca de dois mil mortos.

 

O Primeiro-Ministro revelou que o número dos deslocados decorrentes dos ataques terroristas ultrapassavam os 616 mil, sendo que as atenções continuavam centradas na resposta à crise humanitária.

 

Ainda na sua alocução, Do Rosário endereçou saudações às FDS pelo “sacrifício e entrega abnegada” na defesa da população e integridade territorial. “Às Forças de Defesa e Segurança, endereçamos uma vibrante saudação pelo sacrifício e entrega abnegada na defesa da população, integridade territorial e na garantia da tranquilidade e segurança públicas”, disse.

 

Junta Militar

 

Num outro desenvolvimento, o Primeiro-Ministro reiterou o compromisso do Governo com a materialização do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), assinalando que o mesmo tem estado a conhecer “progressos assinaláveis”.

 

Carlos Agostinho do Rosário fez saber que ainda esta semana, no quadro do DDR, serão desmobilizados 700 guerrilheiros da Renamo e oito elementos da auto-denominada Junta Militar, liderada por Mariano Nhongo. (Carta)

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