Os ataques armados, protagonizados pela auto-proclamada Junta Militar da Renamo, no centro do país, desde Agosto de 2019, voltaram a reacender em alguns distritos das províncias de Manica e Sofala. Só nos últimos quatro dias, oito autocarros foram atacados, tendo resultado na morte de duas pessoas e ferimento de outras 15.
O mais recente ataque ocorreu na manhã deste domingo, 20 de Setembro, no troço Inchope-Gorongosa, tendo sido alvos cinco autocarros, todos sob escolta policial, no âmbito das colunas militares introduzidas naquele troço.
Mateus Zeca, que testemunhou o horror, disse à “Carta" que morreram dois ocupantes de uma das viaturas, sendo que sete ficaram feridos, dos quais dois encontram-se em estado grave. Todos tinham sido transportados para o Centro de Saúde da Gorongosa, porém, terão sido imediatamente transferidos para o Hospital Provincial de Chimoio.
O outro ataque armado aconteceu na passada quinta-feira, quando um grupo de homens armados disparou contra três autocarros de passageiros, nos distritos de Nhamatanda e Chibabava, na província de Sofala. Nestes ataques, sete pessoas ficaram feridas, das quais três gravemente.
De acordo com Dércio Chacate, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Sofala, o primeiro ataque ocorreu por volta das 07 horas e 45 minutos, na zona do rio Púnguè e os autocarros tinham como destino a cidade de Quelimane, capital da província da Zambézia. Já o segundo ataque ocorreu por volta das 10 horas, tendo sido alvo um autocarro que saía da cidade da Beira para a capital do país.
Refira-se que, na semana finda, Mariano Nhongo, líder da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, prometeu paralisar o distrito de Nhamatanda, província de Sofala, porque supostamente, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estavam a perseguir seus filhos. (O.O.)