A temporada de exposições da Associação Kulungwana abre com uma individual, “Sabores de amor” do artista plástico Marcelino Manhula. Trata-se de um jovem artista moçambicano, a residir na vizinha África do Sul, que trabalha sobre um material pouco usual entre nós, o mosaico. Sobre o trabalho do artista, o curador da exposição, Ulisses Oviedo afirma: “Numa primeira análise da obra, somos “atingidos” por um material, que por sua pureza formal, se conjuga numa manifestação celebrativa, a pedra. Esta faz parte integrante da concepção de cada uma das obras aqui expostas e estende uma mensagem intemporal de homem desconhecido. Por outro lado, juntam-se outros elementos plásticos, tais como formas, o desenho, a composição e a natureza do próprio material, onde as normas de estética se apresentam harmoniosamente”. Acaba por concluir, em resultado do trabalho apresentado que, por vezes, “sentimos que assistimos a uma pintura escultórica e não propriamente a um mosaico”. Marcelino Manhula nasceu em 1986, revelou desde cedo a sua vocação para as artes plásticas, tendo posteriormente frequentado o curso de Desenho Têxtil na Escola Nacional de Artes Visuais. Em 2005, um programa de intercâmbio levou-o ao Canadá, França, Namíbia e África do Sul para quatro anos mais tarde, fixar-se neste último país, onde se dedicou à arte do mosaico.
(de 21Fev a 14 de Março, na Estação Central dos CFM)
Debate com as artistas da exposição sobre a condição da mulher na arte e na vida cultural, seus sonhos e seus desafios. Ser mulher. É viver mil vezes em apenas uma vida. É lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora. É estar antes do ontem e depois do amanhã. É desconhecer a palavra recompensa apesar dos seus atos.
(21 de Marco, às 18Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
Todos os francófonos são convidados a um pique-nique em branco no jardim do CCFM. Vista-se de branco, traga uma capulana, um jantar, uma bebida e venha partilhar momentos inesquecíveis num pique-nique francófono convivial.
(20 de Março, às 18Hrs no Centro Cultural Franco-Moçambicano)
A diversidade cultural do Brasil e de Portugal, a memória e a história do que se constrói e não desaparece, numa multiplicidade de suportes visuais, podem ser visitadas na exposição “Do Que Permanece”. A curadora Carolina Quintela apresenta-nos uma exposição com especial foco em obras e discursos artísticos de relevância produzidos ou apresentados a partir do ano 2000, e que muito têm contribuído para o bom entendimento e desenvolvimento do valor artístico no panorama da contemporaneidade, esta exposição reúne uma selecção de obras de artistas de nacionalidade brasileira com representação em galerias e em colecções institucionais e privadas em Portugal, assim como de artistas portugueses que no seu percurso tiveram contacto com o Brasil.
(20 de Marco, das 10 às 19Hrs em Lisboa)
Sob o tema “Poesia na Era Digital: o viralizar do verso”, a sessão será dinamizada por Énia Lipanga e Pedro Pereira Lopes, e contará com a participação do grupo musical “Revolução Feminina”. O Dia Mundial da Poesia foi instituído pela UNESCO em 1999 e é observado por todo o mundo para, entre outros, encorajar o retorno à tradição oral dos recitais de poesia, promover o ensino da poesia e reinstaurar um diálogo entre a poesia e as outras artes. O encontro entre a arte milenar da poesia e a era digital com as suas redes sociais resulta num paradoxal florescer da actividade poética, que se julgava em vias de extinção na sua forma erudita, através das oportunidades interativas criadas pela internet e outros media participativos, passando a poesia a ser vista na forma social além da forma puramente textual. A sessão será assinalada com um debate e leituras de poesia feminina de várias partes do mundo. Este evento buscará ser interativo, convidando os presentes a fazerem publicações sob os hashtags do dia mundial da poesia para difusão das atividades e para “viralizar” o verso nas redes sociais.
(21 de Março, às 18Hrs no Centro Cultural Português)
Xinguerengure é uma banda musical que surge pela junção de artistas provenientes de diferentes bandas que se encontraram na cidade de Maputo e se uniram em Novembro do ano 2015 pela diversidade rítmica que cada integrante possui para a criação de uma nova roupagem musical. A banda Xinguerenguere é constituída pelos seguintes integrantes: NBC Gás Butano, vocalista principal e instrumentista (Mbira e Guitarra), Tony Chabuca, viola baixo e voz, Samito Tembe bateria e corros, Júlio Vasco Mariquel, percussionista. Esta banda toca uma fusão de vários ritmos moçambicanos como Mapiko, Xigubo Limbondo Marabenta Ngalanga, Mutimba Namakoto, associando ao blues, jazz e outros ritmos tentando trazer uma forma diferente nas suas abordagens musicais sem sair do tradicional. Nas suas composições usa as seguintes línguas: Makua, Makonde Mwani, Xangana, Sena e Português, e nas mesmas falando das vivências do povo moçambicano, as suas lutas, conquistas desafios, momentos tristes e alegres no seu dia-a-dia.
(20 de Março, às 19Hrs em Maputo)