O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e as autoridades de conservação ambiental na província de Maputo apreenderam, no último domingo (23), 50 pontas de marfim de elefante numa residência situada no bairro de Mulotana, no distrito de Boane.
Esta apreensão surge numa altura em que se assiste a um retorno das incursões de diferentes redes de crimes de caça furtiva tanto em Moçambique, como nos países vizinhos, em especial, África do Sul e Malawi. Dados contabilizados pela nossa reportagem indicam que 50 pontas de marfim correspondem a 25 elefantes abatidos.
Relacionado com a caça furtiva, o colectivo de juízes da 6ª Secção do Tribunal Judicial da Província de Maputo (TJPM) presidido pelo Juiz Jafete Sigoto Fremo, encarregue pelo processo número 77/21, condenou recentemente o réu Admiro Ananias Salvador Chauque, natural e residente no posto administrativo de Mapulanguene, no distrito de Magude, província de Maputo, a 30 anos de prisão efectiva e 28 anos de pagamento de multa correspondente a taxa de 1% do salário mínimo. Admiro Chauque era acusado pelo Ministério Público pelos crimes de caça proibida, associação para delinquir e porte de armas proibidas.
Ainda sobre crimes faunísticos, no passado dia 17 de Janeiro, na Província de Maputo, foi condenado um caçador furtivo que responde pelo nome de Leonardo Bernadete Carlos a nove anos e dois meses de prisão por ter sido flagrado em Julho de 2021 no Parque Nacional de Maputo (então Reserva Especial do Maputo) a colocar armadilhas mecânicas para imobilizar animais.
Já em Dezembro de 2021, foram detidos pela Polícia da República de Moçambique (PRM) no Terminal de Transportes Rodoviários de Malhampsene, no município da Matola, província de Maputo, três indivíduos na posse de dois cornos de rinoceronte.
O trio era proveniente do distrito de Moamba e dirigia-se à cidade de Maputo, onde provavelmente estavam os compradores.
Em Novembro do ano passado, o Tribunal Regional de Middelburg, em Mpumalanga, na República da África do Sul, sentenciou dois cidadãos de nacionalidade moçambicana, um de 48 anos de idade, que responde pelo nome de Alberto Ernesto Nharreluga e o seu filho de 27 anos de idade, detidos em Abril de 2019 na N4, em Nelspruit, transportando dois cornos de rinoceronte e uma barbatana de tubarão. Eles foram condenados a 14 anos de prisão efectiva. (OOmar)