Foram necessários oito anos para que a família e amigos do músico Jaime Paulo Caminho, mais conhecido por “Max Love”, assassinado em Novembro de 2013, na cidade Quelimane, província da Zambézia, conhecessem o veredicto do caso que chocou o país e o mundo.
Na passada terça-feira, a Juíza da 3ª Secção Criminal do Tribunal Judicial da Província da Zambézia (TJPZ), Natércia Gerónimo, proferiu a sentença do caso, tendo condenado Manuel José, agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) acusado de ter assassinado o músico, a 20 anos de prisão efectiva e ao pagamento de uma indemnização de 800 mil Meticais à família do finado.
Max Love, lembre-se, foi assassinado por um agente da PRM afecto à Unidade de Protecção de Altas Individualidades (UPAI), em frente ao Palácio do Governador da província da Zambézia, durante a comemoração da vitória do então candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) à presidência do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane, Manuel De Araújo.
Manuel José, único arguido do processo-crime nº 55/2014, foi julgado à revelia, em virtude de se encontrar em parte incerta desde finais de 2013. O julgamento teve seu início no passado dia 20 de Outubro, tendo sido ouvidos os declarantes, entre eles, colegas de profissão do arguido.
Sublinhar que o Ministério Público, titular da acção penal, não esteve representado durante a leitura da sentença. São desconhecidas as razões da sua ausência. (O.O.)