Apesar das forças conjuntas de Ruanda e Moçambique terem estabilizado as condições de segurança na vila-sede do distrito de Palma, as condições de habitabilidade continuam precárias naquele ponto do país.
Para além da falta de cuidados básicos de saúde e falta de água potável, a sede distrital de Palma continua a registar bolsas de fome, devido à escassez de produtos alimentares, situação que se vive desde Agosto de 2020, quando os terroristas ocuparam a vila-sede do distrito de Mocímboa da Praia.
Com a interrupção de circulação de barcos a norte da Ilha de Matemo, tornou-se ainda mais difícil transportar comida de Pemba até Palma. Há dias, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) escoltaram uma coluna de viaturas (14 camiões) que transportavam produtos de primeira necessidade da capital provincial de Cabo Delgado até ao extremo norte da província, porém, ainda insuficiente para suprir as necessidades.
Ao que apuramos, devido à escassez de produtos alimentares, os preços também são proibitivos. Por exemplo, 1 Kg de arroz custa entre 250 e 270 Meticais, enquanto o saco de 25 Kg é vendido entre 2800 e 4000 Meticais. A farinha de milho é comercializada a 2.100 Meticais, o saco de 25 Kg e o óleo de cozinha é vendido a partir dos 850 Meticais, a garrafa de 5 litros. (O.O.)