O assassinato de Mariano Nhongo, Líder da Junta Militar da Renamo, pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS), continua no topo da agenda mediática nacional e a merecer todo o tipo de reacção. Esta terça-feira, a Renamo, o maior partido da oposição, emitiu um “posicionamento” em torno da morte do seu antigo líder, no qual manifesta-se chocado e triste, pois, considera não ser a “via desejável e aceitável” para se resolver os problemas nacionais.
Na curta nota assinada pelo Presidente do partido, Ossufo Momade, a Renamo apela aos restantes membros da auto-proclamada Junta Militar da Renamo a juntarem-se ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) “como forma de contribuir no esforço colectivo de alcançarmos a paz duradoura e estabilidade social”.
Já o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na voz do seu Secretário-Geral, considera lamentável a perda desta vida humana. “Tratando-se de vida humana, lamentamos a morte de Mariano Nhongo. Por isso, reiteramos que a melhor via era o diálogo e não as armas. O MDM sempre pautou pelo diálogo, principal condição para a paz”, disse Domingos em entrevista à “Carta”.
Questionado se a morte de Mariano Nhongo era sinónimo de paz, estabilidade e segurança na região centro, Domingos respondeu: “nem sempre tem sido linear. Não conheço a constituição de Nhongo em termos de exército. Pode ser que tenha mais homens, mas mesmo assim insistimos que eles e o Governo deveriam enveredar pelo caminho do diálogo para evitar situações dessas”.
Confrontado se a morte de Nhongo será resultado das recentes exigências do Chefe de Estado de se “concluir o dossier”, o Secretário-Geral do MDM afirmou que, olhando para a última orientação de Nyusi, percebe-se que o Presidente deu ordens. “Mas não estou a afirmar categoricamente que foi ele. Ainda assim, acho que deveriam escolher o caminho do diálogo”, reiterou Domingos. (E. Chilingue)