Moçambique está entre os cinco países com maior número de novas infecções pelo HIV/SIDA no mundo, ocupando, actualmente, a quarta posição, atrás da vizinha África do Sul, Nigéria e da Rússia.
A informação foi avançada esta segunda-feira pelo Ministro da Saúde (MISAU), Armindo Tiago, durante o lançamento do segundo estudo do “Índice do Estigma 2.0”, que arranca este mês (Junho) nas províncias de Maputo, Sofala, Nampula, Zambézia, Gaza, Cabo Delgado e Maputo Cidade.
Segundo Armindo Tiago, esta realidade “remete-nos a um desafio contínuo e permanente de enveredarmos por uma acção mais interventiva e coordenada, visando a redução do número de novas infecções e a melhoria da qualidade de vida das pessoas infectadas e afectadas pelo HIV/SIDA”.
Dados avançados pela Representante da ONUSIDA, em Maputo, Eva Kiwango, indicam que há perto de 38 milhões de pessoas vivendo com HIV/SIDA, em todo o mundo, dos quais 2.1 milhões estão em Moçambique.
Intervindo na cerimónia, que teve lugar na capital do país, a fonte revelou que dos 2.1 milhões de pessoas vivendo com HIV/SIDA, em Moçambique, cerca de 1 milhão não aderem ao tratamento devido ao estigma e à discriminação. A fonte sublinhou, aliás, que para além da discriminação que se verifica a nível da sociedade, há também relatos de marginalização a nível das unidades sanitárias.
Referir que o segundo estudo do “Índice do Estigma 2.0” vai inquirir, para além das pessoas com HIV/SIDA, as trabalhadoras do sexo, os toxicodependentes, reclusos e transgéneros. O primeiro estudo, sublinhe-se, foi realizado em 2013. (Marta Afonso)