Em apenas 15 dias (de 08 a 23 de Maio), as autoridades da vizinha República Unidade da Tanzânia deportaram 1.620 moçambicanos, que entraram naquele território da SADC, fugindo dos ataques terroristas na província de Cabo Delgado.
Os dados foram avançados semana finda pelo Serviço Nacional de Migração (SENAMI). De acordo com a autoridade moçambicana, no mesmo período, houve mais 368 pessoas deportadas, sendo 242 da África do Sul, 109 do Malawi, 11 do Reino do eSwatini e seis do Zimbabwe.
A imigração clandestina (1.980) e o cometimento de diversos tipos de crime (oito) são apontados como o móbil do repatriamento dos 1.988 moçambicanos.
Refira-se que as vítimas dos ataques terroristas, na província de Cabo Delgado, em particular no distrito de Palma, têm-se refugiado à vizinha Tanzânia, sendo que esta continua a fazer “vista grossa” à situação.
Aliás, há dias, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) instou as autoridades tanzanianas a permitir que os deslocados dos ataques terroristas, na província nortenha de Cabo Delgado, tenham acesso ao asilo naquele país da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral). (Marta Afonso)