Está iminente o agravamento das medidas restritivas, anunciadas pelo Presidente da República, no passado dia 13 de Janeiro, no âmbito do combate à propagação do novo coronavírus, no território nacional. Esta quinta-feira, Filipe Jacinto Nyusi dirige-se à nação para abordar um dos assuntos mais mediáticos do momento, porém, esta quarta-feira, no seu discurso por ocasião do Dia dos Heróis Moçambicanos, avançou a possibilidade de as medidas serem agravadas, como forma de conter a propagação do vírus.
Segundo o Chefe de Estado, “Moçambique está, neste preciso momento, numa situação grave”, com as contaminações a registarem um “ritmo acelerado”. Conforme explicou, depois das medidas anunciadas, a 13 de Janeiro, “a tendência não mudou para melhor, tendo-se agravado. “Registram-se mais casos de contaminações, hospitalizações e eleva-se o número de óbitos”, sublinhou.
Neste momento, o país regista um cumulativo de 41.433 casos positivos do novo coronavírus, dos quais 15.529 estão activos, 25.485 estão recuperados e 415 perderam a vida. Nesta quarta-feira, por exemplo, as autoridades da saúde anunciaram a morte de mais 12 pessoas, devido à doença e a infecção de mais 1.173 indivíduos. Entre os casos activos, 335 estão internados, sendo 56 nas últimas 24 horas.
De acordo com as autoridades sanitárias, a capacidade de internamento está esgotada nos hospitais privados, havendo menos de 20% a nível dos hospitais públicos.
Refira-se que entre as medidas em vigor até às 23:59 horas, desta quinta-feira, está o encerramento de barracas de venda de bebidas alcoólicas e os respectivos bares; o encerramento de teatros, cinemas e praias; a redução dos horários de funcionamento de mercados, restaurantes, mercearias e bottle stores; e a redução para 50, o número de participantes em cultos religiosos, conferências e reuniões. (Marta Afonso)