É uma versão contada por uma sobrevivente do terrorismo em Cabo Delgado. Os terroristas estão em debandada, porque a logística já é escassa e os financiadores já não efectuam os pagamentos, tal como faziam. Esta informação é confirmada por uma sobrevivente, que conseguiu fugir de um cativeiro do grupo terrorista, localizado em Manilha, uma das aldeias do distrito de Mocímboa da Praia.
A sobrevivente contou que, recentemente, houve uma reunião entre os terroristas com um indivíduo de nacionalidade tanzaniana, que se acredita ser o líder do grupo. O referido cidadão tanzaniano disse já não haver condições para continuar com os ataques, pois, já não há dinheiro.
Conforme contou a sobrevivente, a reunião terminou em confusão porque o referido cidadão tanzaniano aconselhava os integrantes de nacionalidade moçambicana a regressarem para suas terras de origem, devido à exiguidade da logística. Entretanto, em resposta, os terroristas disseram que não tinham como voltar para as comunidades, pois, temiam pelas suas vidas.
A fonte garantiu já não existirem condições de sobrevivência nas bases dos terroristas, pelo que estes e suas famílias (alguns levaram esposas e filhos) estão a passar fome, sobretudo, porque já não há onde saquearem produtos alimentares, em virtude de as populações terem abandonado os seus locais de residência. (O.O. & Carta)